A atenção às demandas e aos desafios de empresas nascentes de base biotecnológica em atividade na Amazônia, em especial as incubadas no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide) foi um dos destaques do encerramento da agenda do Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SEV/MDIC), Rodrigo Rollemberg, em Manaus (AM).
Acompanhado pelo gestor do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Fábio Calderaro, o Secretário reuniu com equipe de gestão do Cide, dentre eles a diretora executiva Narayana Tolosa, e o assessor jurídico da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Raphael Oliveira. Na oportunidade, foi apresentada a estrutura do Centro de Incubação e os serviços especializados promovidos pela instituição, entre apoio administrativo; capacitações e treinamentos; apoio e participação em feiras e eventos; ofertas de laboratórios de análises; e áreas destinadas à realização de reuniões, treinamentos. Há, ainda, espaços destinados às atividades industriais de pequeno porte, voltadas às startups incubadas, com galpões e salas para operações fabris.
Raphael Oliveira destacou diversas atividades em desenvolvimento no Cide e a proposta de expansão do Centro para melhor atender o ecossistema local de empresas nascentes de base biotecnológica. Além disso, o assessor jurídico ainda comentou sobre como ingressar como uma empresa incubada no Cide. “As startups apresentam projeto para serem acompanhadas e desenvolvidas até atingir o nível de maturidade e estejam aptas para o mercado, o que leva em média de 48 a 60 meses”, afirmou.
Desafios e resultados
Durante a reunião, foram destacados os desafios de empresas locais para se desenvolverem no mercado e atingirem as condições ideias para se tornarem capazes de se estabelecer, gerar emprego, renda e resultados positivos para a sociedade local. A logística é um dos principais desafios na região, conforme pontuado no encontro.
Rodrigo Rollemberg afirmou que “o governo federal tem tomado iniciativas que contribuam para que o cenário econômico brasileiro passe a ser mais favorável às empresas, desburocratizando ações e criando melhores condições para que sejam alavancadas as atividades como de empresas incubadas. A proposta é criar as bases necessárias para avançarmos no caminho certo da reindustrialização”.
Ainda durante a agenda no Cide, alguns produtos desenvolvidos pelas empresas incubadas no local foram apresentados para degustação, tais como sanduíches feitos a partir de açaí e tucumã, chocolates com insumos amazônicos, iguarias defumadas à base de peixes da região, dentre outros. Ao fim da agenda, foi realizada uma visita a três empresas instaladas no Cide.
Biotecnologia no CBA
Antes de retornar para Brasília, o Secretário de Economia Verde do MDIC ainda fez questão de retornar ao CBA para acompanhar de perto os processos biotecnológicos desenvolvidos pelas equipes da instituição. No Centro, Rollemberg pôde entender como a biodiversidade amazônica pode ser transformada a partir da biotecnologia para geração de produtos, serviços e bens que contribuem para comunidades locais, produtores regionais e para a interiorização de investimentos, sempre de forma sustentável e garantindo a complementação da matriz econômica local por meio da bioeconomia.
“Sabemos que o objetivo do CBA é fazer produtos e negócios a partir da biodiversidade. Conhecer o trabalho do Centro é saber que o CBA é preparado para articular as instituições de ciência e tecnologia com o setor produtivo para produzir riquezas, trazer benefícios para a comunidade da Amazônia por meio da biodiversidade, do conhecimento científico e de negócios e produtos”, finalizou Rollemberg.