25 de julho é o Dia do Motorista e quem diria que um dia seria possível comemorar a data falando única e exclusivamente do trabalho de mulheres? Esse é um privilégio celebrado pela Lady Driver. A startup de transporte urbano particular só trabalha com mulheres no volante e tem muito a comemorar.
Criada após um caso real de assédio, a empresa fundada pela empreendedora Gabryella Corrêa hoje conta com quase 100 mil motoristas cadastradas em mais de 50 cidades brasileiras. “É um prazer trabalhar apenas com mulheres, a gente fica feliz com esse ambiente mais seguro, aconchegante, onde as passageiras se sentem mais à vontade até para dividir suas histórias. Sem contar a independência financeira que a Lady Driver promove, é um trabalho que dá essa liberdade de conciliar filhos e família com um ganha pão”, diz.
É o que reforça a motorista Carla Baptista, de 47 anos, moradora de São Paulo. Formada em administração de recursos humanos, ela sempre atuou na área até que em 2017, foi desligada da empresa onde trabalhava após um caso de assédio sexual. Ficou anos sofrendo com depressão, quando conheceu a Lady Driver pela indicação de uma amiga, que era motorista do app apenas aos finais de semana.
Em um primeiro momento, Carla conta que sentiu receio, mas a necessidade falou mais alto, principalmente por ter uma filha pequena para criar. A intenção era ser motorista até se recolocar no mercado de trabalho, mas nunca mais parou. “Hoje eu trabalho à noite e o perfil das minhas passageiras são jovens que estão vindo da faculdade, da casa do namorado, indo e voltando da balada com uma roupa mais ousada e, por isso, preferem viajar com uma mulher. O curioso é que quem é de fora de São Paulo, tem muito medo de pegar transporte por aplicativo aqui e acaba optando pelo nosso serviço”, diz.
De acordo com a motorista, hoje ela consegue tirar, em média, mil reais por semana com o trabalho na Lady Driver. Outro benefício da empresa é poder se programar e conciliar as atividades de casa e com a filha com o trabalho fora. “Eu indico a Lady Driver para todas, tenho a liberdade de fazer minha agenda e conseguir minha renda. Esse trabalho como motorista mudou a minha vida, foi a partir dele que eu dei a volta por cima, sem falar no tanto de gente interessante e histórias que já conheci”, conta.
Segundo último levantamento realizado pelo Detran – SP, o número de motoristas mulheres que usam o carro como ferramenta de trabalho cresceu 50,3% na comparação entre os meses de janeiro de 2019 e 2023. No total, mais de 1,4 milhão de mulheres paulistas incluíram a observação de exercer atividade remunerada na CNH.
“Mesmo ainda sendo considerada uma profissão masculina, a mulher vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho como motorista. É comprovado o quanto elas são mais prudentes e cuidadosas. Nosso principal propósito com a Lady Driver é garantir a segurança das motoristas e das passageiras, além de promover a independência financeira feminina”, finaliza Gabryella.