O Instituto de Computação (IComp) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), celebrou três anos de parceria com a empresa industrial Motorola Mobility, que investe em sete projetos do instituto, tendo como um dos pioneiros o SWPERFI, o mais antigo da parceria. O objetivo é investir em ciência aplicada, proporcionando a inovação tecnológica de alto nível.
Coordenado pela professora do IComp Rosiane de Freitas, o Projeto SWPERFI é desenvolvido por alunos do Programa de Pós Graduação em Informática e Graduação do instituto, que têm a oportunidade de realizar um estágio na matriz da Motorola, em Chicago, nos Estados Unidos (EUA).
“São três anos de parceria entre Ufam e Motorola com vários projetos em andamento, sendo que, formalmente, o primeiro projeto a ser trabalhado foi o de performance inteligente de software, o SWPERFI, com frentes envolvendo otimização de redes, IA embarcada, visão computacional, verificação formal de programas, IA generativa e outros, para geração de tecnologias que promovam SW&HW inteligente. A parceria tem sido muito prolífera, com projetos de PD&I, alguns de capacitação avançada. Em particular, no projeto que eu coordeno, nós podemos ressaltar a realização de um estágio de pesquisa, desenvolvimento e inovação, direto com a matriz da Motorola, em Chicago, nos Estados Unidos, onde os alunos passam três meses desenvolvendo parte de suas pesquisas, trabalhando com equipamentos e versões de sistemas ainda não lançados no mercado e ajudando a embutir técnicas de IA nos dispositivos da Motorola e a conceber novas tecnologias em conjunto”, explica a professora.
Os demais projetos de pesquisa da parceria, IMPACT-Lab, Malware Hunter, IATS, exploram tecnologias para qualidade de imagem, segurança e teste de software no geral, além dos projetos de capacitação, DevTitans, Web Academy e IARTES, que já formaram dezenas de profissionais em tecnologias embarcadas Android e de desenvolvimento de sistemas Web, promovendo também uma residência em desenvolvimento e testes de software.
De acordo com a professora Rosiane de Freitas, há uma diversidade de conceitos e tecnologias em uso e em geração, em torno da concepção e aplicação do arcabouço de técnicas de inteligência artificial e otimização, com geração de artefatos tecnológicos e produção científica de alto impacto, e participação em competições internacionais. “O projeto estimula a ciência aplicada, gerando a inovação tecnológica, e a gente tem conseguido mostrar que podemos agregar valor em altíssimo nível com a indústria, e para isto de fato, que veio a Lei de Informática, e é isso que a gente pode fazer de melhor na academia”.
Uma outra questão que a professora cita é a possibilidade de manter profissionais no projeto com o recurso adquirido. “A parceria tem nos ajudado a complementar bolsas para os alunos profissionais. Muitos deles a gente trouxe do mercado de trabalho e vieram com essa proposta de conseguir capacitação em alto nível, desenvolvendo um trabalho com uma indústria de alta tecnologia. Além disso, deixamos mais explícito de que não somos apenas teóricos, e que a ciência e pesquisa científica é fundamental para a obtenção de inovação tecnológica”.