Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, dominar o inglês deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência básica no mercado de trabalho. No entanto, segundo pesquisa da British Council, apenas 5% da população brasileira fala inglês e, desses, apenas 1% é fluente. Essa realidade evidencia o quanto o domínio do idioma ainda é um desafio no país, especialmente diante das exigências do mercado.
Segundo Lorena Santarém, especialista em idiomas, o inglês ocupa hoje uma posição central na comunicação internacional. “O idioma é a principal ponte de comunicação entre culturas e mercados distintos. Hoje, não falar inglês no mundo dos negócios é como estar desconectado do coração do mercado global”, afirma.
Nos setores de comércio, serviços e tecnologia, a fluência no idioma pode representar não apenas melhores oportunidades, mas também maiores salários. “Profissionais brasileiros que dominam o inglês podem receber até 61% a mais de salário em comparação àqueles que não falam o idioma”, explica, citando pesquisa da Catho. “Além disso, empresas valorizam quem pode representar a marca no exterior e conduzir negociações internacionais”.
De acordo com Santarém, o impacto do inglês vai além da esfera individual. Para pequenas e médias empresas, por exemplo, ele pode ser decisivo na hora de buscar expansão. “O inglês dá autonomia para a empresa se conectar diretamente com fornecedores, parceiros e clientes no exterior, sem depender de intermediários. Isso reduz custos, agiliza processos e fortalece a credibilidade da marca”, pontua.
Ainda assim, o Brasil enfrenta um grande desafio: a baixa fluência no idioma. Para mudar esse cenário, Lorena defende que instituições de ensino e empresas atuem juntas no incentivo ao aprendizado. “Quando uma empresa investe no inglês dos seus colaboradores, ela está investindo diretamente na sua própria competitividade. Isso se reflete na qualidade do atendimento, na inovação e na retenção de talentos”, explica.