“Boletim Focus da semana ilustra que a inflação segue persistente, projeção subiu para 5,68% em 2025, mostrando que os preços, especialmente dos alimentos, continuam pressionados. Sabemos que inflação leva à um contexto de juros mais altos, o que corrói o poder de compra das pessoas. O governo anunciou medidas pra tentar resolver isso como zerar tarifas de importação de alimentos, liberar saques do FGTS para estimular o consumo, mas isso não resolve o problema na raiz. O aumento da Selic, em 1% ainda no mês de março já é esperado, mas, sozinho, essa manobra do BC em relação ao juros não garante controle dos preços. Sem mudanças estruturais como o ajuste fiscal não será possível. Bem provável, que com o IPCA subindo assim, o BC tenha que aumentar os juros em mais 100 bips, mesmo após o aumento de março”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
“O Boletim Focus de hoje reforça a preocupação com a inflação, com a projeção do IPCA subindo para 5,68% em 2025, indicando um descolamento da meta. O aumento de 1pp na Selic, levando a taxa para 13,25%, já era esperado, mas gera apreensão no mercado sobre o impacto no crédito e no crescimento. Apesar da política monetária mais rígida, a inflação segue resistente, o que pode postergar cortes na Selic e pressionar ainda mais o consumo e os investimentos. O cenário exige atenção redobrada, especialmente para setores dependentes de financiamento e crédito”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
“O Boletim Focus desta semana aponta nova alta na expectativa de inflação para 2025, que passou de 5,65% para 5,68%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O dado reforça o cenário de pressões inflacionárias persistentes, especialmente em serviços e preços administrados. Apesar da Selic mantida em 15% ao ano, o avanço nas projeções indica preocupação com a eficácia do controle inflacionário no curto prazo e deve manter o Banco Central em posição cautelosa nas próximas decisões de política monetária”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
“O Boletim Focus desta semana reforça que a inflação segue pressionada, com a projeção para 2025 subindo para 5,68%. Esse cenário mantém os preços, especialmente dos alimentos, elevados, corroendo o poder de compra das famílias; o que dificulta ainda mais a governabilidade e popularidade do atual presidente Lula. Além disso, a desvalorização do real, com o dólar projetado em R$ 5,99 para 2025, encarece importações e pode intensificar ainda mais a pressão inflacionária e dificultar a manutenção do crescimento econômico do país”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.
“A persistência inflacionária reforça as expectativas de juros elevados por mais tempo. A projeção da Selic segue em 15% para este ano, sem sinal de alívio no curto prazo. O BC deve elevar os juros em mais 100 pontos-base para tentar manter a inflação sobre controle, e podemos ver mais aumentos caso o IPCA também continue a registrar novas altas. O problema é que essa política monetária restritiva terá reflexos diretos no crédito, encarecendo financiamentos e desestimulando investimentos, o que também dificulta a desaceleração dos preços, tornando o desafio do BC ainda maior”, João Kepler, CEO da Equity Group.
“A projeção do PIB para 2025 segue estável em 2,01%, mas o ambiente macroeconômico segue desafiador. Com juros elevados, inflação persistente e um dólar próximo de R$ 6, o cenário para o crescimento econômico continua frágil. Empresas enfrentam custos mais altos, consumidores perdem poder de compra e o investimento produtivo fica comprometido. Sem reformas estruturais e um plano fiscal mais robusto, o Brasil deve enfrentar dificuldades para sustentar esse crescimento projetado, tornando o cenário econômico ainda mais incerto. Sem um ajuste fiscal mais sólido e um compromisso com a disciplina nos gastos públicos, o mercado continuará precificando risco”, André Matos, CEO da MA7 negócios.