No coração da Amazônia, a variação do nível das águas dos rios é uma realidade conhecida e integrada pela população. Contudo, o último ano trouxe consigo uma das mais severas secas já registradas no Estado do Amazonas, gerando repercussões significativas na economia local.
Entre os impactos mais evidentes, destacou-se a antecipação das férias de funcionários em algumas empresas sediadas no Distrito Industrial de Manaus. Esta medida emergencial visava evitar custos adicionais na produção, uma vez que o período de vazante extrema impossibilitou o fluxo regular de insumos, dependentes do transporte fluvial.
Além disso, os municípios mais distantes da capital experimentaram o desabastecimento de alimentos e outros bens essenciais, cujo transporte também é majoritariamente fluvial. A escassez resultou em um desequilíbrio entre oferta e demanda, provocando aumentos nos preços dos produtos, especialmente nas localidades mais isoladas, impactando diretamente o consumidor final. Assim, a seca afetou tanto a chegada de insumos quanto o escoamento da produção na região.
Com o retorno do período chuvoso, observa-se uma reviravolta no cenário econômico. Os rios do Amazonas voltam a subir, trazendo consigo um panorama mais promissor: o aumento da atividade turística nas áreas dos flutuantes e o reaquecimento da produção industrial.
Por Anna Karoline R. da Cruz
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