Já parou para pensar no destino daquele celular velho que você não quer mais? Ou do tablet que perdeu espaço para um modelo novo? A maioria dos brasileiros acaba guardando os dispositivos na gaveta, acumulando equipamentos que, eventualmente, serão descartados. Sem falar em empresas, que possuem diversos devices como parte do seu patrimônio, e muitas vezes não são mais utilizados. Mas o que realmente acontece quando você ou uma empresa joga fora um equipamento eletrônico?
O Brasil é um dos maiores geradores de lixo eletrônico da América Latina, acumulando cerca de 2,1 milhões de toneladas de resíduos eletroeletrônicos por ano, segundo dados da Universidade das Nações Unidas (UNU) e do relatório Global E-waste Monitor. Isso representa um grave desafio ambiental, que não deve ser ignorado.
A realidade se agrava com o crescimento da demanda por eletrônicos, impulsionada pelo consumo cada vez maior de tecnologia. Estima-se que apenas 2,5% dos municípios brasileiros tenham sistemas estruturados de coleta para o lixo eletrônico, de acordo com dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Na reciclagem de lixo eletrônico, cada dispositivo passa pelo processo de desmontagem e separação dos materiais. Metais, plásticos e componentes eletrônicos são processados e vendidos de volta para a indústria, onde ganham nova vida em outros produtos.
Agora, pense bem: e se em vez de comprar você pudesse assinar um celular?
O modelo de aluguel de celulares corporativos é uma iniciativa alinhada com metas ESG (Environmental, Social, and Governance), especialmente na área ambiental. A prática de alugar em vez de adquirir contribui para a sustentabilidade ao prolongar o ciclo de vida dos aparelhos e evitar o descarte prematuro. Essa abordagem reflete uma gestão responsável dos resíduos eletrônicos, promovendo a economia circular ao reintegrar os dispositivos no mercado após manutenção ou atualização.
No contexto das metas ESG, essa solução impacta positivamente o meio ambiente, reduzindo a extração de matérias-primas e o uso de energia necessários para a produção de novos dispositivos. Sob a ótica social, empresas que adotam o aluguel de celulares demonstram comprometimento com práticas de consumo consciente, que podem atrair colaboradores e clientes que valorizam a sustentabilidade. Isso fortalece a imagem corporativa e aproxima a organização de um público mais consciente e exigente em termos de responsabilidade ambiental.
No âmbito da governança, o aluguel de celulares representa uma prática responsável e eficiente, com potencial para reduzir custos operacionais, ao mesmo tempo, em que cumpre os compromissos com a sustentabilidade. Dessa forma, empresas que adotam essa abordagem, além de otimizar seus recursos, contribuem ativamente para as metas ESG, reforçando seu compromisso com práticas empresariais mais sustentáveis e alinhadas às exigências globais de responsabilidade ambiental.
Portanto, adotar práticas de consumo consciente e entender a importância da reciclagem de eletrônicos são passos essenciais para um futuro mais sustentável. Cada vez que descartamos um dispositivo eletrônico de forma inadequada, contribuímos para o aumento de resíduos tóxicos no planeta. Podemos fazer diferente: incentivar novos pontos de coleta, adotar práticas internas sustentáveis e conectar-nos com parceiros que priorizam a sustentabilidade como essência de seu negócio. Assim, criamos uma rede de stakeholders unida em um único objetivo: reduzir o lixo eletrônico no planeta.
*Por Letícia Bufarah, Marketing da Leapfone