O regulador financeiro da França (AMF, pela sigla em francês) dispensou um consórcio formado por EP Equity Investment, Fimalac e Attestor da obrigação de fazer uma oferta pública por ações do Casino Guichard-Perrachon, segundo comunicado divulgado pelo grupo varejista francês na quarta-feira (10).
No começo da semana, o Casino já havia informado que a Comissão Europeia – braço executivo da União Europeia (UE) – autorizou o consórcio a assumir o controle do varejista, como parte de sua reestruturação financeira.
O Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, reiterou no comunicado mais recente que a conclusão da reestruturação dependerá da aprovação do Ministério de Economia da França e de outras questões regulatórias.
A Comissão Europeia autorizou que um consórcio formado por EP Equity Investment, Fimalac e Attestor assuma o controle do Casino Guichard-Perrachon, como parte da reestruturação financeira do grupo varejista francês.
O aval do braço executivo da União Europeia (UE) foi dado na última sexta-feira (5), segundo comunicado divulgado hoje pelo Casino.
O Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, disse também que a conclusão da reestruturação dependerá da aprovação do Ministério de Economia da França e de outras questões regulatórias. Por volta das 8h15 (de Brasília), a ação do Casino sofria queda de 4,9% na Bolsa de Paris.
Estudo independente vê reestruturação como “justa” para atuais acionistas
O Casino divulgou os resultados de um estudo independente que atestou a equidade do processo de reestruturação financeira do varejista francês, que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil. Segundo a avaliação da consultoria Sorgem Evaluation, o acordo é “justo” para os atuais acionistas da empresa.
O processo de reorganização societária é conduzido por um consórcio liderado pelo bilionário Daniel Kretinsky, que promete injetar mais de 1 bilhão de euros na companhia. O valor empresarial do grupo de 3,71 bilhões de euros, implícito no acordo, está bem abaixo da dívida líquida da corporação, de 7,88 bilhões de euros, conforme o relatório da Sorgem.
Assim, os consultores estimam que o valor econômico por ação e, portanto, o valor por cada 100 ações é zero. Com a implementação do plano financeiro, essa métrica subiria para cerca de 5 euros, muito próximo do preço de subscrição do aumento de capital reservado ao consórcio.
“Após a conclusão do plano de reestruturação, o Consórcio deteria e controlaria 53,7% do capital social do Casino, enquanto os atuais acionistas seriam maciçamente diluídos, detendo cerca de 0,3% do capital social após a conclusão da reestruturação“, destaca a nota do Casino.
Com informações de M&C e Sérgio Caldas/Estadão Conteúdo
Foto: Denis Charlet