O Fundo de Investimento Público (FIP) da Arábia Saudita noticiou que irá adquirir 75% dos quatro principais clubes do país: Al-Ittihad, Al Hilal, Al-Nassr e Al-Ahli. O Ministério do Esporte da Arábia Saudita vem trabalhando em conjunto com o fundo para realizar todos os procedimentos regulatórios exigidos para que uma mudança de estrutura aconteça o mais breve possível.
Com o pé direito no acelerador, o governo saudita tem como intenção buscar sediar a Copa do Mundo 2030, como parte do seu projeto “Visão 2030”, que envolve desde desenvolvimento da indústria local, a capacitação de profissionais e até uma melhoria na qualidade de vida da população, com acesso à cultura, entretenimento e esportes.
Segundo Ivan Martinho, professor de Marketing Esportivo da ESPM, “trata-se de uma estratégia de Soft-diplomacy já usada por outros países da região com sucesso e que consiste basicamente em buscar a atenção e preferência das pessoas no mundo todo, deixando para trás percepções negativas, através de atrativos como símbolos de grandeza, organização e profissionalismo”.
Para se ter uma ideia, ao contrário dos clubes europeus, os sauditas não estão sujeitos à regra de gastos como da Uefa, o que significa que não há um limite salarial na Arábia Saudita. Com isso, as equipes controladas pelo FIP ou por empresas privadas podem oferecer valores altíssimos aos melhores jogadores do mundo, como Cristiano Ronaldo (Al-Nassr) e Karim Benzema (Al-Ittihad). Mas, grandes nomes estão sendo sondados para participarem do projeto: Messi, Sergio Ramos, Luka Modric, N’golo Kanté e outros.
O especialista destaca que “as estrelas do futebol mundial sem dúvida são excelentes embaixadores para propagar a imagem do país”, conclui.