A delegação da Federação Amazonense de Futebol (FAF) que partiu na manhã desta terça-feira (11/06), rumo ao município de Barcelos (405 km de Manaus), para realizar a Copa da Floresta enfrentou o primeiro imprevisto na viagem. A embarcação que transportava a equipe teve um problema no motor e precisou encostar às margens do Rio Negro, ainda em território manauara para pedir socorro e aguardar o conserto do equipamento.
A parada inesperada atrasou a viagem que deveria ser de 12 horas, passou para 15 horas. A chegada prevista para às 18h será às 21h. O atraso impediu a recepção e registro da chegada das seleções de Santa Isabel e São Gabriel da Cachoeira que estavam a caminho de Barcelos para a Copa da Floresta. Porém, o problema enfrentado é comum em viagens pelos rios do Amazonas, como comenta o vice-presidente da FAF e delegado da sede Barcelos, Eufrásio Filho.
“Nós que somos do interior do estado e só temos a opção de viajar de barco ou avião já estamos acostumados a isso. Eu sou de Coari e são incontáveis as vezes em que já atrasei compromissos, inclusive consultas médicas por conta de problemas em embarcações. Isso faz parte do nosso cotidiano, da nossa vida e, por isso, a gente não se estressa. Pelo contrário, aproveitamos o tempo livre para colocar o papo em dia, jogar dominó, dormir ou até tomar banho e aproveitar as águas do Rio Negro. Cada um escolhe como esperar o mecânico e socorro chegar”, conta.
A situação inesperada não causou desespero nos que estão acostumados, mas uma certa apreensão, principalmente para a equipe de arbitragem que deve cumprir com o regulamento da competição e um atraso longo poderia comprometer o desempenho da competição e impactar a representação da entidade esportiva realizadora do evento. O vice-presidente destaca o desafio que é fazer a Copa da Floresta.
“Fazer a Copa da Floresta é uma operação de guerra, uma saga. Todas as equipes enfrentam horas e até dias de carro e barco para realizar os jogos e toda a logística começa meses antes. Nós já enviamos, com bastante antecedência, todos os equipamentos que serão usados como, placas, bolas, totem e outros. Eu tenho muito orgulho de estarmos nessa missão. O interior precisa e merece a Copa da Floresta. A competição é feita para o interior e apesar do cansaço, é gratificante testemunhar a recepção que temos em casa município, como eles organizam as apresentações culturais e movimenta a economia do local. Então, Copa da Floresta vai muito além das quatro linhas”, afirma.
Apesar das adversidades, a delegação da FAF mostrou união e determinação para superar os contratempos e garantir a chegada em Barcelos para Copa da Floresta. Com esforço conjunto e resiliência, os representantes buscaram soluções para contornar os problemas de logística e assegurar que estarão presentes no torneio, prontos para representar o futebol do Amazonas da melhor forma possível.