Celebrado no Brasil em 12 de junho, o Dia dos Namorados é uma ocasião especial que desperta sentimentos de amor, romance e, por que não dizer, conexão. Nos últimos anos, testemunhamos uma transformação na forma como os casais celebram essa data tão especial, com a crescente influência dos aplicativos móveis. Os smartphones se tornaram ferramentas indispensáveis na vida cotidiana e, cada vez mais, desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se relacionam e comemoram o amor.
Com o surgimento de aplicativos de namoro – como o Tinder, Happn, Bumble, entre outros –, encontrar um parceiro romântico é bem mais fácil que no passado recente. Durante a pandemia de Covid-19, o interesse por apps de relacionamento cresceu exponencialmente e não parou mais. Segundo o Relatório de Aplicativos de Namoro, publicado pela Statista, o Brasil é um dos maiores consumidores deste nicho, sendo o 2º país no mundo que mais utiliza apps de relacionamento, totalizando aproximadamente 18 milhões de usuários. Ainda segundo o relatório, a projeção sobre o faturamento deste mercado é que ultrapasse a marca de US$ 8,2 bilhões até 2024.
Por este motivo, os dating apps podem ser bons aliados não só para encontrar o “par ideal”, como também para realizar campanhas de publicidade digital neste segmento. De acordo com Renato Bastos, country manager da Rocket Lab, adtech de soluções integrais para aquisição de usuários e retargeting em aplicativos móveis, os aplicativos de relacionamento são espaços extremamente interessantes para publicidade de outros aplicativos que queiram ampliar público e número de downloads.
A seguir, confira quatro dicas da adtech:
- Criativos mostrando interações humanas podem performar melhor – É importante segmentar sua audiência nos apps de relacionamento, além de efetuar testes. Como os dating apps são espaços nos quais os usuários estão buscando conexões humanas, criativos que foquem em interações humanas, imagens ou vídeos de pessoas reais podem, muito provavelmente, performar melhor do que criativos com animações ou imagens 2D e 3D.
- Custo por aquisição (CPA) é mais baixo para Android, enquanto usuários iOS têm taxas de inscrição maiores – Pensando sob o aspecto financeiro, tanto usuários de iOS quanto usuários de Android possuem seus benefícios específicos como usuários qualificados. Por um lado, usuários iOS tendem a se inscrever com mais frequência em apps freemium como os aplicativos de dating, apesar de custarem mais caro no momento da aquisição. O freemium é uma modalidade que permite aos usuários utilizarem um determinado programa sem custo algum, porém os recursos mais avançados ficarão disponíveis apenas para quem desejar investir. Por outro lado, devido às políticas de ATT, há maior dificuldade de receber dados desses usuários. Já os usuários Android são mais baratos para adquirir, mas tendem a usar mais as ferramentas gratuitas dos apps freemium, tendo uma taxa de inscrição menor. No entanto, esses usuários são uma rica fonte de dados para que os profissionais de marketing digital possam observar comportamentos e tendências dentro desses apps de namoro. Desta forma, é necessário construir uma boa experiência de usuário otimizada para ambos os tipos de sistema, podendo nutrir o LTV tanto dos usuários iOS quanto Android, levando ainda em consideração as limitações devido a regras de privacidade de usuários.
- Foco no onboarding e retenção – As opções de apps de namoro são vastas, então é necessário pensar na jornada do usuário, como ele vai utilizar seu aplicativo e quais ferramentas facilitam a navegação confortável. Um bom processo de onboarding, ou seja, o “guia inicial” para o usuário que acabou de chegar, poderá aumentar a chance de converter e criar o hábito de usar seu aplicativo. Pensando sob a lógica de UX (user experience), quanto mais tranquila e sem atritos for a experiência desse usuário para fazer o cadastro, adicionar fotos e descrição, aprender as funcionalidades do seu app e começar a navegar, mais chances há de ele ser fidelizado. Se o usuário tiver que pensar muito para usar seu app ou ele for pouco intuitivo, é possível que ele não se interesse em continuar e, simplesmente, desinstale o aplicativo.
- Freemium do jeito certo – Há muitas formas de fazer um modelo freemium funcionar, como atestam os ótimos exemplos de apps freemium principalmente na música e no entretenimento. No entanto, um bom freemium não pode ser ganancioso com suas ferramentas. O aplicativo de namoro freemium tem que permitir o uso de todas as funcionalidades básicas e essenciais do usuário e garantir que ele possa usufruir de todas as ferramentas necessárias e navegar como todos os outros usuários se decidir continuar no plano gratuito. A única diferença é que ele terá talvez mais anúncios para assistir ou menos ferramentas para utilizar, contanto que as disponíveis não prejudiquem o uso do app. No entanto, o objetivo do app de namoro é fidelizar esse usuário e aumentar sua taxa de inscrição. Portanto, as ferramentas premium devem servir para complementar as funções grátis no app, oferecendo algum benefício como destaques de visualização, mais opções de like, diferentes emojis e acesso a figurinhas, conexão com outras redes sociais etc. O freemium não pode pressionar o usuário a comprar o plano. Por isso, as funções premium devem ser atrativas o suficiente para fazer essa função sozinhas.
“Estas estratégias podem contribuir para melhorar o desempenho do aplicativo de namoro, otimizar os custos de aquisição de usuários e aumentar o engajamento e a conversão. No entanto, é importante adaptar essas abordagens de acordo com as características específicas do seu público-alvo e do seu app”, finaliza Bastos.
