SÃO PAULO — A Mocidade Alegre conquistou o bicampeonato do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo. A escola de samba do Limão, bairro da zona norte paulistana, chegou nesta terça-feira (13/2) a seu 12º título ao apresentar enredo sobre as viagens de Mário de Andrade pelo Brasil.
Com a conquista deste ano, a Mocidade se torna a segunda escola mais vitoriosa do Carnaval paulistano, atrás apenas da Vai-Vai, que tem 15 títulos.
Na apuração realizada na tarde desta terça, no Sambódromo do Anhembi, a Mocidade terminou com 270,0 pontos, mesma pontuação da Dragões da Real, a segunda colocada. A vitória veio no critério de desempate, no quesito harmonia.
A escola do Limão ganhou quatro notas 10, enquanto a agremiação ligada à torcida do São Paulo levou um 9,9 de um dos jurados. A Tom Maior e a Independente Tricolor foram rebaixadas para o Grupo de Acesso.
Desfile da Mocidade Alegre, no Anhembi, em São Paulo – Foto: Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo
Veja como ficou a classificação do Carnaval de SP
1º Mocidade Alegre: 270,0
2º Dragões da Real: 270,0
3º Acadêmicos do Tatuapé: 269,8
4º Gaviões da Fiel: 269,6
5º Mancha Verde: 269,6
6º Império de Casa Verde: 269,6
7º Acadêmicos do Tucuruvi: 269,4
8º Vai-Vai: 269,4
9º Barroca Zona Sul: 269,3
10º Águia de Ouro: 269,1
11º Rosas de Ouro: 269,1
12º Camisa Verde e Branco: 269,0
13º Tom Maior: 268,7
14º Independente Tricolor: 268,7
Como foi o desfile da Mocidade
No desfile de domingo (11/2), a Mocidade fez apresentação impecável, que já a credenciava ao título do Carnaval de São Paulo.
A Mocidade Alegre passou pelo Anhembi com um Carnaval de primeira, disposta a manter o título com o enredo “Brasiléia Desvairada”. As alas estavam muito bem coreografadas, com samba fácil de acompanhar. Sob o comando do Mestre Sombra, a bateria Ritmo Puro não decepcionou.
O enredo tratou das viagens do modernista Mário de Andrade e seu registro da diversidade cultural brasileira. E foi muito bem contado pelo carnavalesco Jorge Silveira.
Um dos destaques do desfile da escola da zona norte paulistana ficou por conta das baianas em pedra sabão.
Acinzentadas, quebraram a profusão de cores, de forma requintada. No enredo, as baianas estiveram inseridas no trecho que contou a passagem de Mário de Andrade por Minas Gerais.
Por William Cardoso/Metrópoles
Fotos: Divulgação/LigaSP/Felipe Araújo