O Corpo de Dança do Amazonas (CDA) comemora em 2023 seus 25 anos de atividades com a estreia de novos espetáculos a serem apresentados no Teatro Amazonas. A companhia foi fundada pelo Governo do Estado do Amazonas e é gerenciada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
O CDA se destaca pelo seu trabalho e originalidade, levando em consideração em suas criações a singularidade da Amazônia. São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e do exterior, que mostram a diversidade cultural local por meio da pluralidade da dança contemporânea.
O diretor artístico do CDA destaca a hegemonia e o fruto de um trabalho multiprofissional realizado pela companhia. “O Corpo de Dança do Amazonas é hoje uma das três melhores e maiores companhias do Brasil. Há quem diga que está localizada ‘fora do eixo’, mas o eixo está cada vez mais focado aqui na Amazônia”, diz Mário Nascimento
Somente este ano, o CDA esteve em temporada em São Paulo e Belo Horizonte pelo Prêmio Funarte Circulação e Difusão em Dança nos eventos “Abril para dança 2022 – SP”, “Virada Cultural – SP” e “Simpósio Internacional de Dança – BH”.
Nesta terça-feira (20/6), a companhia retorna ao palco do Teatro Amazonas para a estreia “Caput – Art. 5º” do coreógrafo Jorge Garcia, às 20h, com entrada gratuita. E no dia 08 de agosto, estreia “Vozes da Beira”, da coreógrafa amazonense Yara Costa, que traz a dança contemporânea através do balé aéreo, inédito dentro das obras coreográficas da companhia.
Ao longo dos anos, o CDA passou por algumas direções artísticas, dentre elas a de Joffre Santos (1998 a 2002) e Ivonice Satie (2022 a 2005), in memoriam. Monique Andrade (2006 a 2014), em sua fala, destaca a ascensão nacional e internacional da companhia. “Quando estive à frente do Corpo de Dança do Amazonas, busquei construir uma programação, na qual o elenco experimentasse o ecletismo técnico e artístico com coreógrafos convidados, além de importantes circulações”, relata.
Já Getulio Lima (2014 a 2019) destaca a relação do CDA com a sociedade e a educação com a criação dos projetos “Dança, Arte, Escola – Espetáculo Didático” e “CDA de Portas Abertas”, executados até hoje. “No momento em que o Corpo de Dança do Amazonas – CDA comemora 25 anos, ainda se faz necessário afirmarmos sua importância como um espaço que promove a experiência estética, a produção de sentidos e sua contribuição na formação, na reflexão e na fruição da arte”, afirma.
Além das estreias previstas, entre os dias 01 e 15 de novembro, a exposição “Um balé para cada cinco”, com curadoria de Wallace Heldon, assistência de produção de Eduardo Klinsmann e ilustração de Carol Maciel, com exibição videográfica, artes visuais, figurinos do acervo e experiência sensorial, contará a trajetória do Corpo de Dança do Amazonas durante esses 25 anos. A programação conta também, entre os dias 14 e 17 de novembro, no Teatro Amazonas, com a estreia de “Floresta do Amazonas” de Mário Nascimento junto à Orquestra Amazonas Filarmônica.