Duas das principais empresas químicas de lítio da China, Chengxin Lithium Group e Yahua Industrial Group – fornecedores de hidróxido de lítio para Tesla, BYD e LG, entre outros – anunciaram um total de US$ 50 milhões para a Atlas Lithium, empresa americana que desenvolve um projeto de exploração do mineral no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
O lítio é uma das matérias-primas críticas para a fabricação de baterias.
O contrato envolve o investimento direto na Atlas Lithium (US$ 10 milhões) e acordos de compra para a Fase 1 da produção de concentrado de espodumênio para baterias da companhia (US$ 40 milhões), em troca de 80% dos ativos da Atlas Lithium.
A produção estimada para começar até o 4º trimestre de 2024.
Com os recursos obtidos, a Atlas Lithium financia o primeiro fluxo de produção de lítio em Minas Gerais, estimado em US$ 49,5 milhões.
Nessa fase, a empresa planeja produzir anualmente 150 mil toneladas de concentrado de espodumênio.
Chengxin e Yahua terão acesso a 60 mil toneladas cada mediante novas aplicações, graças ao pagamento antecipado que lhes confere o direito de receber o mineral por cinco anos, embora não cubra totalmente os custos, sendo abatido no valor final.
Rodrigo Menck, advisor da mineradora, destacou a importância estratégica do acordo: “Esse é um acordo estrategicamente relevante para a Atlas Lithium, pois garante a relação comercial com duas fortes companhias do principal país comprador do produto (lítio), a China, pelo médio prazo de cinco anos. Isso foi importante para estabilizar a estratégia comercial da empresa.”
Enquanto isso, na Alemanha, a PowerCo, empresa de fabricação de baterias para veículos elétricos da Volkswagen, confirmou na última semana a aprovação da célula de estado sólido da QuantumScape no primeiro teste de resistência. A célula de lítio-metal sólido sem ânodo alcançou mais de 1.000 ciclos de carga, mantendo mais de 95% de sua capacidade.
Com informações da Agência EPBR e Click Petróleo e Gás
Foto: GM