Instalação de um posto policial ao lado da parada de ônibus localizada na frente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), implantação de câmeras de monitoramento nas principais ruas e vias e a recuperação imediata do sistema de iluminação interno da instituição.
Estas são as principais reivindicações do movimento estudantil da Ufam entregues esta semana para a reitoria da universidade, na tentativa de frear os assaltos diários que acontecem nos ônibus que atendem aos alunos e também para evitar os arrastões que são realizados frequentemente dentro da própria universidade e que tem obrigado que muitas salas sejam trancadas por dentro para evitar a invasão de assaltantes durante as aulas.
De acordo com o movimento estudantil, somente nesta quinta-feira (17), o ônibus da linha 125 – que faz o trajeto entre a universidade e a Praça da Matriz, na região central de Manaus – foi assaltado duas vezes.
Além do 125, os ônibus das rotas 352 e 616 são os principais alvos das quadrilhas.
“A situação está desesperadora porque a gente não sabe se vai ser assaltado quando está chegando na Ufam ou quando está voltando para casa”, relata a estudante e representante do curso de Pedagogia, Rita Al Qamar, ao acrescentar que além dos roubos, universitários são agredidos e há dois casos de alunos que se jogaram dos coletivos em movimento para escapar dos assaltantes.
Retorno
De acordo com Rita, os assaltos se agravaram nos últimos anos com os cortes de verbas federais para as instituições de ensino superior, fato que provocou entre outras consequências, na redução do efetivo da segurança interna da Ufam.
Também fazem parte das reivindicações apresentadas no documento do movimento estudantil e da União Estadual do Estudantes do Amazonas encaminhado para a reitoria da Ufam, a elaboração de uma política de segurança pública na universidade, banco de boletim de ocorrências e campanhas coletivas e informativas, entre outros temas.
Em resposta aos universitários, a Ufam encaminhou na última quarta-feira (16), documento para o comando da Polícia Militar do Amazonas solicitando da instalação de um posto da PM na frente da instituição.
“É um começo porque do jeito que está a qualquer momento podemos receber a notícia que um colega nosso foi morto em um assalto”, alertou a estudante.