Com a chegada de novembro, considerado o novo mês dos casamentos no Brasil, o mercado de festas e cerimônias se aquece. Dados recentes mostram que famílias com uma renda mensal superior a R$ 5 mil são as principais contratantes de serviços profissionais de casamento, representando 16% das famílias brasileiras. Nesse cenário, a ABRAFESTA (Associação Brasileira de Festas e Eventos) observa um crescimento expressivo nas demandas por serviços completos para o grande dia.
Segundo o levantamento da ABRAFESTA, 54% dos casais que planejam o casamento pretendem gastar até R$ 40 mil. No entanto, a realidade revela que 74% dos casais acabam desembolsando entre R$ 40 mil e R$ 85 mil para realizar a cerimônia dos sonhos. Esses números ressaltam o peso financeiro do evento.
Embora maio seja tradicionalmente considerado o mês das noivas em várias partes do mundo, no Brasil, os noivos parecem ter mudado o mês preferido. Devido aos altos custos envolvidos em meses como maio, junho, julho e dezembro, o mês de novembro se tornou o queridinho para quem planeja se casar. Segundo dados do IBGE de 2023, cerca de 110 mil casamentos foram celebrados no período.
Essa tendência crescente está relacionada ao alto valor dos gastos com o casamento e à praticidade em organizar a lua de mel. Cacá Lima, diretora operacional da ABRAFESTA, destaca que as festas de casamento em novembro oferecem muitas vantagens, como custos mais acessíveis em comparação com dezembro, e a proximidade com grandes festas, como Natal, Ano Novo e Carnaval, o que facilita o planejamento da lua de mel, já que os noivos normalmente têm mais tempo para festejar, devido aos recessos e férias nesse período. Além disso, o pagamento do décimo terceiro salário também contribui para ajudar os noivos a arcar com as despesas do grande dia.
“Novembro tem se consolidado como o mês preferido dos casais para celebrar o casamento, em parte pela sua atmosfera agradável e, em muitos casos, pela possibilidade de conseguir datas em locais de eventos concorridos. O impacto econômico desse mês para o setor é enorme, gerando emprego e movimentando toda a cadeia de serviços de festas, decoração, fotografia e mais.”
Ainda de acordo com a pesquisa da ABRAFESTA, quase metade dos casais (47%) conta com o apoio financeiro de familiares para viabilizar o casamento. Mesmo assim, aproximadamente 30% dos casais acabam se endividando para custear a celebração, uma prática que se tornou comum diante dos altos custos associados ao evento.
O aumento da demanda em novembro, mês tradicionalmente mais disputado para casamentos, destaca a importância do planejamento e organização, não apenas para garantir uma cerimônia perfeita, mas também para evitar gastos imprevistos e endividamento