Considerado o maior evento esportivo do mundo, os jogos olímpicos reúnem países de todos os continentes para provas de diferentes modalidades atléticas.
Esse ano, os Jogos da XXXIII Olimpíada serão disputados em Paris, na França, e o Hospital Albert Sabin (HAS), através do seu coordenador de ortopedia, Dr. Rodrigo Vetorazzi, explica os diversos tipos de lesões que podem impedir o atleta de continuar na competição.
“O atleta é uma pessoa que treina com desafio, com meta, com resultado, sempre objetivando uma competição ou um evento. Portanto, a pior lesão para um atleta é aquela que o tira de uma competição como, nesse caso, os jogos olímpicos, um sonho de qualquer atleta profissional”, diz o médico.
Lesões articulares, musculares e de outras naturezas fazem parte da vida do atleta, contudo, uma das funções do ortopedista é prevenir essas ocorrências por meio de treinamento, de estudo, da ciência e, consequentemente, fazer com que elas fiquem cada vez mais raras e o atleta possa treinar de maneira eficaz e intensa, mas sempre respeitando os limites do corpo.
Entre as principais lesões em atletas olímpicos, ou seja, de alto rendimento, estão:
- Lesões ligamentares e musculares;
- Torções;
- Estiramentos;
- Pancadas;
- Fraturas;
- Luxações.
“Geralmente o corpo dá sinais de que a lesão acontecerá, principalmente, lesões musculares e, tendo consciência desse fato, o médico pode diminuir as chances e até evitar que a lesão ocorra e, caso aconteça, o ortopedista tem as ferramentas necessárias para fazer com que o atleta se recupere mais rápido por meio de tecnologias como técnicas cirúrgicas e de reabilitação”, explica o Dr. Vetorazzi.
Todos os esportes têm chance de lesões, porém, diferentes. Os esportes de contato, como boxe e futebol, por exemplo, oferecem maiores riscos de lesões com trauma, como fraturas, luxações (luxação também é considerada lesão grave, é o deslocamento da articulação), entorses, enquanto provas individuais como natação ou corrida, são mais relacionadas a lesões musculares, estiramentos ou trauma por estresse excessivo no treinamento.
No entanto, com a ciência e muita tecnologia, hoje esses riscos são bem menores do que no passado, pois, os atletas de ponta contam com equipes multidisciplinares, visando o estudo corporal e eletrofisiológico. Exames de imagem como ressonâncias também ajudam bastante. “Tais tecnologias conseguem determinar o momento em que o atleta está bem, que pode continuar treinando ou se é o momento que ele tem que dar uma parada, ficar em repouso e afastado de um jogo ou de uma prova, visando, futuramente, uma competição mais importante”, adverte o médico do HAS.
Fatores como alimentação e suplementação também são indispensáveis, tanto na performance quanto na recuperação de uma eventual lesão esportiva.
“No mais, vale a pena ressaltar que atletas amadores e mesmo as pessoas que nunca fizeram nenhuma atividade física, mas têm vontade de começar, devem sempre consultar especialistas como ortopedistas, cardiologistas, nutricionistas, pneumologistas, fisioterapeutas, e outros, para que esses, após avaliação física, indiquem exames e procedimentos para que o esporte se torne um aliado à boa saúde e nunca um risco”, finaliza o Dr. Rodrigo.