Polícia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho(União/MA), por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
As investigações apontam irregularidades em obras em Vitorino Freire (MA), cidade governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, e financiadas por emendas parlamentares indicadas por ele enquanto deputado federal. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) indicou que uma das obras beneficiou propriedades da família do ministro. Suspeita-se que as obras foram executadas pela Construservice,
cujo sócio oculto é Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP. A investigação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e distribuída para o ministro Flávio Dino. Mensagens apreendidas entre Juscelino e Eduardo DP reforçam a ligação entre ambos. Segundo a PF, o grupo de Juscelino desviou, no mínimo, R$ 835,8 mil. Em setembro de 2023, a irmã do ministro foi alvo de busca e apreensão, mas o pedido de busca contra Juscelino foi negado pelo ministro Barroso. O ministro teve os bens bloqueados.
A PF também apontou que Julimar Alves da Silva Filho, fiscal afastado da Codevasf, era um “tentáculo” do ministro dentro da estatal para realizar os desvios. A apuração se concentra em obras financiadas pela Codevasf, estatal mantida pelo governo Bolsonaro e continuada por Lula. Diálogos incriminadores foram encontrados no celular de Eduardo DP durante a operação Odoacro.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) afirmou que Juscelino Filho conta com apoio do presidente Lula e que permanecerá no cargo mesmo indiciado.
* Fonte: Ranking dos Políticos