Vivemos em uma sociedade cada vez mais acelerada, onde a pressão e a cobrança no ambiente de trabalho são constantes e tendem colocar profissionais de diversos setores em altos níveis de estresse. Mas até onde isso pode ser considerado normal?
Segundo o Relatório “O futuro do recrutamento 2024”, do Linkedin Talent Solutions, 73% dos profissionais de Recursos Humanos afirmam contratar trabalhadores priorizando as suas competências. Porém, um estudo elaborado pela consultoria Page Personnel, com 1,4 mil executivos de RH, revelou que 90% das demissões estão relacionadas à falta de inteligência emocional, sugerindo que a saúde mental também deve ser levada a sério no ambiente organizacional.
“O trabalho exerce uma influência significativa na saúde mental dos profissionais. Por isso, é fundamental que as empresas enxerguem a inteligência emocional como uma abordagem preventiva na promoção do bem-estar e na prevenção de transtornos mentais. Isso inclui a criação de políticas e práticas que valorizem a saúde emocional, diagnósticos adequados, bem como a disponibilização de recursos de apoio psicológico e psiquiátrico”, destaca Nayara Teixeira, diretora de Produto e Operações da Mapa.
Infelizmente, nem todas as empresas estão preparadas para investir nessas estratégias. De acordo com o estudo “People at Work 2023”, do ADP Research Institute, 57% das pessoas acreditam que seus superiores não estão preparados para falar sobre questões de saúde mental sem julgamento. Além disso, somente no Brasil, 67% dos trabalhadores dizem que seu trabalho é influenciado pelo estresse e 31% pela saúde mental.
Portanto, para reforçar essa proposta mais acolhedora, de escuta ativa e atenta às necessidades emocionais dos profissionais, entrou em vigor a Lei 14.831/2024, que criou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Trata-se de uma honraria a ser dada pelo governo federal a empresas que adotem critérios de promoção da saúde mental e do bem-estar de seus colaboradores.