Em um cenário em que mais da metade dos brasileiros com mais de 50 anos sente que as marcas e as empresas falham em se comunicar com eles, o conceito de “miopia de marketing”, introduzido por Theodore Levitt, em 1960, nunca foi tão relevante. O estudo “Tsunami prateado” ressalta que 55% deste público maduro acredita que há uma desconexão significativa entre eles e as marcas.
O dado é alarmante e destaca a necessidade crítica de uma revisão nas estratégias de marketing, visando maior empatia e entendimento das necessidades e desejos dos consumidores maduros. Entender onde se encontram e como desejam interagir são passos fundamentais para as marcas que pretendem alcançar sucesso comercial e construir relacionamentos duradouros com um dos segmentos mais influentes da economia.
Um levantamento conduzido pela MV Marketing, agência digital especializada no público maduro, aponta que 25% dos profissionais que acessam os conteúdos de Letramento em Longevidade produzidos pela agência são CEOs, presidentes e fundadores, 12% são diretores e 11% são gerentes, sendo a maioria composta por mulheres (66%).
“O interesse da alta liderança feminina no tema é um sinal de que as empresas estão começando a reagir e a entender a relevância desse público que, no Brasil, já representa 25% da população. Esperamos que, em breve, os times de marketing descubram o potencial do consumidor maduro e o incluam em suas estratégias de marketing”, avalia Camilla Alves, cofundadora da MV Marketing.
O estudo mostrou que os cinco setores com maior interesse pelo público maduro são, nesta ordem: saúde e bem-estar, consultoria, comunicação e marketing, financeiro e educação.
“A inclusão etária é um imperativo para as empresas diante do cenário demográfico que se apresenta no Brasil. A análise mostra que a alta liderança, com predominância feminina, está mais sensível não apenas por estar etariamente mais próxima dos 50+, mas por compreender que falar corretamente com esse consumidor maduro é estratégico para os negócios”, afirma Bete Marin, publicitária especialista em Gerontologia e cofundadora da MV Marketing. “E não estou falando somente daqueles que têm produtos alinhados diretamente com esse cliente. No presente e em breve, todos os executivos terão que ser letrados em longevidade”, complementa.
Na análise de Bete Marin, o interesse da alta liderança no tema é bastante positivo, porque esse profissional pode criar uma onda de disseminação de informações e dados qualificados sobre a “economia prateada”. Para ela, esse tipo de conhecimento tem impacto direto na visão de futuro dos negócios.
Por M&C
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