Exposições da biodiversidade da Amazônia, jogos de tabuleiro e digitais, oficinas e visitas guiadas. Estas são algumas das atividades que serão realizadas nesta sexta-feira (26), das 9h às 12h e das 14h às 16h, no Bosque da Ciência, espaço de visitação pública do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em alusão ao Dia Mundial da Educação Ambiental.
A programação especial é uma ação do Programa Ciência na Escola (PCE) do Bosque da Ciência (MCTI/CNPq), em parceria com grupos de pesquisa do Inpa e organizações parceiras. Atraentes, divertidas e repletas de curiosidades, as atividades buscam despertar o interesse do visitante sobre a importância do desenvolvimento sustentável e a necessidade de preparar a sociedade para lidar com os desafios ambientais.
“Seguindo o nosso compromisso de popularizar a ciência e a tecnologia, estaremos celebrando o Dia Mundial da Educação Ambiental, instituído pelas Nações Unidas em 1975, com o objetivo de fomentar uma maior conscientização sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente, por meio da educação”, disse a coordenadora de educação ambiental do PCE, Amanda Cruz.
A entrada no Bosque da Ciência é gratuita, basta agendar pelo site. O parque está localizado na rua Bem-te-vi, s/nº, Petrópolis, zona Sul de Manaus-AM. Do Inpa, são parceiros o Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea), Laboratório de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos (Lacia), o Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia (Cequa) e Grupo de Pesquisa Entomologia na Amazônia: diversidade de insetos. Participam também da ação a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Amazônia Survive e Amazônia Selvagem.
Atividades
Os insetos amazônicos serão tema de duas atividades. A exposição “Insetos Aquáticos” do Lacia recria o ambiente das beiras dos igarapés com réplicas de insetos e informações sobre o ciclo de vida e ecossistemas aquáticos da região amazônica. Já o projeto “Coleção de Invertebrados do Inpa de portas abertas: uma imersão no mundo dos insetos” trará uma amostra do seu rico acervo de insetos amazônicos.
De acordo com o bolsista de pós-doutorado do Inpa, o biólogo Alexandre Somavilla, do grupo de pesquisa Entomologia na Amazônia, a Coleção de Invertebrados do Inpa foi fundada em 1976. Hoje conta com um dos maiores acervos de insetos do Brasil, com mais de 700 mil insetos alfinetados e 5 milhões preservados em álcool.
“Este material biológico é um patrimônio nacional e poucas pessoas conseguem acessar, por ser específico para a pesquisa. Pensando nisso, o projeto “Coleção de Invertebrados do Inpa de portas abertas: uma imersão no mundo dos insetos” é uma iniciativa que visa tornar pública uma pequena amostra do nosso rico acervo”, contou Somavilla coordenador do projeto que recebe o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
“Além disso, vamos desmistificar a ideia errônea de que todos os insetos são nocivos, nojentos, que nos fazem mal, pelo contrário, a maioria deles são importantes para a nossa vida, para a nossa sobrevivência e sobrevivência do nosso planeta, pois desempenham diferentes e importantes serviços ecossistêmicos”, completou.
O PCE oferecerá visitas guiadas no Bosque e a exposição “O mundo do cauxi: taxonomia e ecologia de esponjas de água doce”. A mostra vai destacar a importância das esponjas de água doce para reciclagem de nutrientes, ecologia e manutenção dos rios e do meio ambiente.
O Lapsea oferecerá duas atividades. Uma delas é a oficina “A biodiversidade que eu vejo no Bosque da Ciência” que aguça a observação concentrada da diversidade de animais e plantas do Bosque, como macaco parauacu, iguana, preguiça-de-bentinho, cutia, peixe elétrico poraquê, sumaúma, seringueira, açaizeiro, paxiúba – a planta que anda. A outra experiência é o jogo “Qual o custo socioambiental do nosso estilo de vida?” que estimula a reflexão sobre o custo socioambiental do consumo da água.
No Cequa, o visitante já pode conhecer 11 das 21 espécies de quelônios da Amazônia em aquários e terrários do recinto, como tartaruga, tracajá, irapuca, matá-matá, perema e jabuti. Para a programação, o visitante será brindado com a exposição “Diversidade de Quelônios Amazônicos” quando poderá ver detalhes de cascos, ovos, animais taxidermizados e outros conservados em álcool.
Para ampliar ainda mais o conhecimento dos visitantes sobre a biodiversidade da Amazônia, o projeto de extensão da UEA “Espaço Primatas” oferecerá várias atividades. Entre elas estão tabuleiro da biodiversidade, pintura facial, tapete do conhecimento, uno da biodiversidade, jogos digitais e jogos da coleta seletiva.
Informações úteis para escapar de apuros na mata também farão parte da programação. A “Amostra de materiais para ações de sobrevivência na selva e técnicas de manuseio” ficará a cargo do grupo Amazônia Survive e a Amazônia Selvagem oferecerá o “Blade Instrução de Sobrevivência” com exposição de animais peçonhentos e venenosos, além de instruções de prevenção e cuidados.