O ano de 2024 não vai ser fácil. O PIB está praticamente estagnado, a inflação ainda elevada, renda dos brasileiros comprometida e nem precisa lembrar dos juros ainda exorbitantes. Neste cenário desafiador, não adianta pular sete ondinhas e esperar que seus pedidos sejam realizados. Para iniciar o ano com otimismo, os gestores devem deixar as superstições de lado e tomar medidas essenciais para enfrentar os desafios.
Não é nada fácil manter um negócio no Brasil. Os custos são altos e os juros e a inflação consomem o poder de compra dos clientes. Além dos problemas macro, há o dia a dia, como a definição do controle de custos, logística, precificação, prejuízos e desafios que passam por parceiros que acabam “vacilando” o andamento das cadeias.
De acordo com Leandro Benincá, educador financeiro da plataforma Controlle, o planejamento precisa ser realista, acima de qualquer coisa. “Não adianta fazer um planejamento financeiro descolado da realidade e dos anos anteriores. O que aconteceu na empresa ontem mostra a nossa capacidade de geração de negócios amanhã”, diz.
Para ele, avaliar o cenário anterior mostra acertos que foram obtidos e os erros que devem ser evitados no próximo ano. E, mais do que isso, o passado pode nos mostrar os motivos de termos crescido menos do que o esperado. “Se a empresa não cresceu, o primeiro passo é se esforçar para tentar entender, honestamente, quais foram os motivos que levaram a isso”, declara.
O mês de dezembro é o momento em que os empresários começam a querer pegar o novelo de caos do ano anterior para transformar em algo melhor no próximo. Os gestores precisam alinhar temas como: projeção do crescimento, desempenho, controle de gastos, redistribuição de lucros, oportunidades e previsões sobre onde aplicarão os recursos gerados pela empresa.
E o primeiro – e mais importante – desses temas é, sem dúvida, o orçamento empresarial. Resumidamente, o orçamento é o planejamento de receitas e despesas de um empreendimento para um período (um mês, trimestre, semestre ou um ano). É onde a empresa estabelece quanto dinheiro será usado em cada área, no próximo ano. E esses valores devem sempre levar em conta os aumentos de custos com a inflação, com eventos extraordinários e, claro, com o próprio plano de crescimento da empresa.
Ao invés de pular sete ondas, adote sete passos para fazer um bom planejamento e começar o ano com o pé direito.
1 – Panorama: Analise bem a situação financeira da empresa. Não adianta ter planos se a empresa não tem como executá-los. O empreendedor precisa ter uma visão panorâmica do negócio para além do caixa;
2 – Prevenção: Empresas desprevenidas costumam sofrer mais durante momentos de crises e instabilidade. Tenha sempre um local com recursos de emergência e avalie bem antes de contrair um empréstimo;
3 – Pé no chão: Não fique fazendo pedidos aleatórios para o universo na virada do ano. Quer conquistar algo? Estabeleça metas e organize. Veja o que é crível fazer e se os planos são de médio, longo ou curto prazo;
4 – Informações: Os dados são aliados para uma gestão de alto nível e a Controlle tem uma plataforma completa. Ou seja, conosco terá acesso a informações bem estruturadas sobre sua empresa. O gestor poderá fazer projeções de despesas, receitas, investimentos e se há a necessidade de um eventual empréstimo;
5 – Detalhes: Agora que você tem acesso às informações, saiba onde olhar primeiro. Se atende aos relatórios de receitas e despesas. “O objetivo do controle financeiro nada mais é do que o aumento do lucro e a diminuição das despesas”, disse Benincá;
6 – Organização e cautela: Organize bem as informações sobre sua empresa para investir nas áreas de interesse da melhor forma possível. O recado é importante para os jovens empreendedores – estes costumam ser mais ansiosos e tendem a abraçar tudo o que encontram. Cautela é um aliada;
7 – Rotina: Não é só de planejamento anual que uma empresa é feita. Os empreendedores precisam revisar as informações com frequência. O objetivo é saber o que está dando certo. “Aprenda rápido que nem tudo sairá como planejado, mas a organização minimiza o impacto dos percalços”, declara Benincá.