Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, celebrado nesta sexta-feira (15/09), a diretora-presidente da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Socorro Sampaio, esclarece como a doença se desenvolve e como é feito o diagnóstico.
“O linfoma é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, e havendo uma proliferação celular nesse sistema que se inicia nos linfonodos, que são os gânglios, vai fazer uma disseminação por meio dos vasos linfáticos. Então, nós podemos dizer que temos dois tipos de linfoma, o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin”, detalha a diretora.
Socorro Sampaio, que é hematologista pediatra, explica que como essa doença se origina no sistema linfático, nos gânglios, podemos ter alguns sinais ou sintomas visíveis da doença.
“Primeiro, podemos ver um aumento de volume onde temos as glândulas, principalmente na região do pescoço, mas ela pode acometer qualquer parte do corpo, seja na axila, seja nas virilhas e podem também acometer internamente dentro do tórax, que é a área dos pulmões, e dentro do abdômen também”, destaca a profissional.
Além desses sintomas, a hematologista destaca que também pode ocorrer entre os sintomas, febre, perda de peso, prurido no corpo, que são coceiras, e isso, juntamente com o sintoma de aparecimento dessas glândulas, podem resultar em uma suspeita de um linfoma.
Diagnóstico
A hematologista explica que o diagnóstico precoce é essencial para obter os melhores resultados neste tratamento. Além do exame clínico, são necessários exames laboratoriais. Esses exames incluem a biópsia do linfonodo, que será submetida a análise histopatológica e imuno-histoquímica para determinar o tipo de linfoma e auxiliar na decisão do protocolo de tratamento.
Socorro Sampaio também destaca que a transmissão da doença pode ser causada por exposição a doses altas de radiação, exposição a agrotóxicos e a alguns produtos químicos e derivados do petróleo utilizados principalmente na agricultura e na indústria.
Tratamento
Segundo a hematologista, esta doença tem tratamento com o avanço da medicina. “Com as medicações, os quimioterápicos, a chance de cura aumentou muito, então, por exemplo, tem doença que pode ter 80% de chance de cura. Claro que o diagnóstico precoce é essencial para o melhor resultado deste tratamento”, destacou.