A nova linha de iPhones deve ser lançada pela Apple nesta terça-feira (12/09), em um evento em Cupertino, na Califórnia. Além das novas versões de aparelhos celulares, o encontro, previsto para começar às 14h (horário de Brasília), deve promover o lançamento de uma nova geração de fones de ouvido e relógios inteligentes.
Os preços dos smartphones devem ser mais elevados em comparação com as gerações anteriores.
Segundo informações da Bloomberg, a Apple deve lançar quatro novos celulares, sendo os modelos mais caros o iPhone 15 Pro e o 15 Pro Max, enquanto os modelos mais acessíveis serão o iPhone 15 e o 15 Plus.
Abaixo, a reportagem traz três polêmicas que marcam o lançamento da nova linha da gigante de tecnologia e curiosidades sobre as mudanças esperadas nos novos modelos.
1. Novo carregador
O novo iPhone da Apple provavelmente contará com uma entrada de carregador USB-C.
Os telefones da empresa atualmente utilizam seu adaptador proprietário Lightning, ao contrário de concorrentes, como a Samsung.
A mudança deve ocorrer por conta de uma lei da União Europeia que exige que os fabricantes de telefones adotem uma entrada de carregador comum até dezembro de 2024, a fim de economizar dinheiro para os consumidores e reduzir o desperdício.
A maioria dos novos produtos da Apple, como os iPads mais recentes, já utiliza o USB-C, mas a empresa havia se oposto à regra da UE.
Quando foi introduzida em setembro de 2021, um representante da Apple disse que “regulações rigorosas que exigem apenas um tipo de conector sufocam a inovação em vez de incentivá-la, o que, por sua vez, prejudicará os consumidores na Europa e ao redor do mundo”.
Adaptadores de Lightning para USB-C já estão disponíveis de outras marcas de eletrônicos, incluindo a Amazon, e todos os iPhones desde o iPhone 8, lançado em 2017, suportam o carregamento sem fio.
Como o atual iPhone 14 parece ser o último dispositivo da Apple a usar exclusivamente essa tecnologia, isso pode marcar o início do fim do cabo Lightning, que é vendido na loja da Apple por R$ 219.
Não está claro se essa será uma mudança global no produto, embora a empresa seja menos propensa a criar uma versão diferente do aparelho apenas para o mercado europeu.
2. Proteção contra software-espião
Nos últimos anos, a Apple tem lançado diferentes atualizações de segurança em resposta às constantes tentativas – por vezes bem-sucedidas – de fabricantes de spyware (os softwares-espiões) de entrar nos sistemas iOS.
A expectativa é que os novos iPhones ganhem um reforço contra esse tipo de invasor – embora com o tempo mais atualizações possam ser necessárias.
A última medida de segurança foi lançada pela Apple no começo de setembro, depois que o software-espião Pegasus, do grupo israelense NSO, infectou iPhones e iPads.
O Pegasus, um software espião, tem a capacidade de secretamente acessar mensagens criptografadas armazenadas no telefone, ativar remotamente a câmera e o microfone, e rastrear continuamente a localização do dispositivo – tudo de forma remota e sem deixar rastros aparentes.
Além disso, ele tem sido associado a violações dos direitos humanos que se estendem do México à África Oriental, levando à inclusão da empresa israelense responsável na lista de alerta do Departamento de Comércio dos EUA.
3. Preço recorde
A próxima linha poderá ser a mais cara de toda a história dos iPhones, com o Pro Max, por exemplo, sendo cotado para ser vendido a partir de US$ 1.299 (R$ 6.416).
Design e novas funcionalidades: curiosidades sobre o iPhone 15
Há expectativas de que todos os modelos do próximo iPhone apresentem uma borda infinita, não se limitando apenas à linha Pro, como acontecia nas versões dos anos anteriores.
Além disso, espera-se a eliminação do botão liga/desliga, uma câmera de 48 megapixels com lente periscópica (para permitir um zoom óptico de maior alcance sem aumentar significativamente a espessura do dispositivo), uma estrutura de titânio e uma tela mais fina.
Há também a possibilidade de que os novos modelos de iPhone tenham a capacidade de capturar fotos 3D que poderão ser visualizadas nos óculos Vision Pro.
Espera-se também que mais países passem a oferecer iPhones com suporte para eSIM, que permite a utilização de uma linha telefônica virtual.
Desde o ano passado, os modelos vendidos nos Estados Unidos já não incluem a bandeja física para cartões SIM no interior do celular, e agora a expectativa é que essa mudança se estenda a países da Europa, como a França.
Por BBC News Brasil