O 24º Festival de Cirandas de Manacapuru começou e a Ciranda Guerreiros Mura relembra a falta de oxigênio no Amazonas.
Ousada, a ciranda que trouxe no seu espetáculo o título “Fé, Ciência e Arte: A Tríade do Vital Equilíbrio”, este ano mostrou no Parque do Ingá ao público, imagens da falta de oxigênio, enquanto o governador Wilson Lima (candidato a reeleição) comprou respiradores em loja de vinhos, pagando R$ 2,9 milhões por ventiladores pulmonares para tratar de infectados pelo novo coronavírus.
O valor unitário de cada respirador equivalia a até quatro vezes o preço do aparelho, em lojas no Brasil e no exterior, e os equipamentos foram considerados “inadequados” para o tratamento de pacientes de Covid-19, segundo o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam).
A compra foi feita com dispensa de licitação, e foi questionada pelo Ministério Público de Contas. Foram comprados 24 ventiladores da marca Resmed por R$ 104,4 mil cada. O mesmo aparelho é vendido por cerca de R$ 25 mil, por revendedores nacionais e do exterior, o que caracteriza um sobrepreço de 316%. Não dá pra esquecer.
Veja o vídeo:
Apresentação das cirandas
Cada noite é dedicada a uma ciranda, que tem até 2h30 para apresentar o espetáculo na Arena Parque do Ingá. A programação começará às 21h30 e seguirá meia-noite.
Quem abre o festival, no dia 26 de agosto, é a Ciranda Guerreiros Mura, com o espetáculo “Fé, Ciência e Arte: A Tríade do Vital Equilíbrio”.
Na segunda noite, 27 de agosto, é a vez da Ciranda Tradicional, campeã do último festival, que aconteceu em 2019. Com o tema, “O Dourado”, a agremiação sai em busca do bicampeonato. Encerrando o evento, no dia 28 de agosto, a Ciranda Flor Matizada defende o tema “Bendito Ser”.
Ao final das apresentações das cirandas, o palco alternativo, montado na Praça de Alimentação da cidade, recebe shows regionais e locais, que começarão meia-noite e vão se estendem até as 3h. As atrações, Uendel Pinheiro, Rabo de Vaca e Guto Lima, estão confirmadas nos dias 26, 27 e 28 de agosto, respectivamente.
