A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Por isso, é um tema de extrema importância para a saúde pública e o bem-estar da sociedade.
A medula óssea, popularmente conhecida como “tutano”, é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos. Ela é a responsável pela produção das células sanguíneas, como as plaquetas e os glóbulos vermelhos (hemácias) e brancos (leucócitos). Em um quadro clínico de leucemia, as células sanguíneas que vão dar origem aos leucócitos sofrem uma mutação genética, transformando-se em cancerosas. Essa célula anormal passa a se multiplicar de forma acelerada e têm maior durabilidade, de forma que começa a substituir as saudáveis. Com isso, o sistema imunológico é enfraquecido, comprometendo a capacidade do organismo de combater infecções.
De acordo com a Dra. Paula Marinho, oncologista pediátrica, existem vários tipos de leucemias: a Mieloide Aguda (LMA), a Mieloide Crônica (LMC), a Linfocítica Aguda (LLA), a Linfocítica Crônica (LLC), entre outros. Cada tipo tem suas características específicas e requer abordagens de tratamento diferenciados.
“Os sintomas podem variar, mas os mais comuns incluem palidez cutânea, manchas roxas sem causa, dor óssea, sangramentos e/ou febre sem motivo e perda de peso. É fundamental que a população esteja ciente desses sinais e busque atendimento médico assim que surgirem quaisquer preocupações”, explica Paula Marinho.
Embora as causas exatas da leucemia ainda não sejam completamente compreendidas, fatores genéticos, exposição a certos produtos químicos, radiação ionizante e certos vírus foram associados a um risco aumentado de seu desenvolvimento. Um diagnóstico precoce é crucial para melhorar as chances de sucesso no tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.
No Brasil, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que, no triênio 2023-2025, deve haver o diagnóstico de 11 mil novos casos de leucemia. E embora ainda não se conheça formas de preveni-la, hábitos saudáveis, como dieta equilibrada, prática de atividade física e evitar exposição a substâncias reconhecidamente causadoras de doenças, ajudam o paciente a enfrentar melhor o tratamento.
“A conscientização sobre a leucemia é essencial para incentivar a pesquisa científica, o acesso a diagnósticos precisos e tratamentos adequados. Além disso, é fundamental oferecer apoio emocional aos pacientes e suas famílias durante essa jornada desafiadora”, diz a oncologista pediátrica.
*Texto: assessoria de imprensa