No atual cenário de negócios, especialmente para as micro e pequenas empresas, as redes sociais se tornaram um palco fundamental para o crescimento e a visibilidade das marcas.
De acordo com um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 70% dos pequenos negócios têm presença nas redes sociais, sendo o Instagram a plataforma preferida, com 64% de adesão dos empreendedores. Facebook, LinkedIn, TikTok e outras plataformas também ocupam seu espaço, mas o impacto dessas redes vai além da simples presença digital.
Em palestra no Innovation Day, o economista Marcus Evangelista destacou a importância de os empresários se envolverem ativamente na divulgação de seus negócios, evidenciando uma tendência crescente na economia atual.
Em tempos onde a conexão com o público se dá principalmente no ambiente digital, Evangelista afirma que a figura do empresário nas redes sociais é essencial.
“Essa nova tendência de crescimento nas redes sociais está fazendo com que os próprios donos de grandes empresas como, por exemplo Magazine Luiza, com a presença de Luiza Trajano; Havan, com Luciano Hang, comecem a aparecer. Ou seja, mostram a sua cara. O CPF gera autoridade muito mais do que o CNPJ. Isso começou nos Estados Unidos e agora está no Brasil. E isso não volta atrás”, destaca o economista.
O especialista ressalta que o impacto da presença do empresário nas redes é profundo. O simples ato de aparecer, de dar a cara a tapa, gera uma confiança no público que muitas vezes não se consegue apenas com campanhas publicitárias.
“Quando o empresário aparece mais e fala do seu negócio, o faturamento, ou seja, o aumento em até 40%”, afirma. Ele explica que, ao contrário de gastar altos valores com agências de marketing ou contratar funcionários para cuidar dessa comunicação, o próprio dono tem o poder de aumentar a credibilidade e atrair mais clientes.
O engajamento é automático
Em um mundo onde as opções de compra são muitas, a confiança se torna um dos principais fatores de decisão para o consumidor. E, de acordo com Evangelista, a melhor pessoa para vender uma marca é o próprio dono do negócio. “Hoje, tem tantas opções para o cliente comprar, que ele compra onde ele tem mais confiança. E não tem melhor pessoa para vender a sua própria marca do que o dono. O dono tem que se preparar. Tem muito a questão da velha e nova economia. Esse é mais um evento da nova economia”, afirma.
O economista compartilha ainda uma experiência pessoal, revelando como ele mesmo utiliza suas redes sociais para aumentar o engajamento com seus seguidores: “Faça um teste. Faça vídeos mostrando qual a solução do seu produto. Você vai entender que o engajamento é automático. Eu praticamente utilizo isso no meu Instagram. Estou com mais de 300 mil seguidores”.
Esse engajamento espontâneo é uma prova de que o contato direto com o público cria uma conexão mais genuína, o que, por consequência, gera resultados positivos.
A velha e a nova economia
A mudança que estamos observando não é apenas digital, mas também cultural. A velha economia, centrada em processos tradicionais e distantes do consumidor, está dando lugar à nova economia, em que a interação direta e pessoal é valorizada. Os empresários que entendem isso estão colhendo os frutos de uma comunicação mais próxima e humana, fazendo com que o negócio cresça de forma orgânica e sustentável.
“A era digital trouxe inúmeras oportunidades, mas também desafios. Os pequenos negócios precisam estar atentos a essas transformações e se adaptar a um cenário em que a autenticidade e o engajamento direto fazem toda a diferença. Apostar em sua própria imagem e estar presente nas redes sociais é mais do que uma estratégia de marketing: é uma necessidade da nova economia”, conclui.