Pesquisa da Newzoo, empresa especializada em dados de jogos, mostra que quase 80% da população online se envolve com vídeo games. O levantamento aponta que 8 em cada 10 internautas aproveitaram os jogos online de alguma forma no último ano. Os caminhos para esse engajamento estão evoluindo e o consumo dos videogames se dá de diversas formas. Diferente de antigamente, agora é possível socializar, assistir e criar conteúdo sobre os jogos online, além de efetivamente jogar.
De fato, mais da metade da população online total gosta de jogos virtuais e aproveitam em mais de uma forma. Já 29% jogam, assistem e se engajam de outras maneiras. Quase 50% dos gamers jogam em mais de um dispositivo ou plataforma.
Jogar ainda é a forma mais comum de envolver, com mais de três quartos da população on-line total tendo jogado nos últimos seis meses. No entanto, assistir conteúdos e outras atividades detém um interesse considerável.
Isso afeta as empresas de jogos que continuam a se expandir em outras formas de entretenimento, marcas de consumo, e empresas que dependem principalmente de métodos tradicionais de publicidade.
“A disputa do mercado de games hoje passa pelo contato com produtores de conteúdo, pela geração própria de conteúdo consumível além da publicidade e pelo contato constante com o consumidor final”, fala Rafael Marcondes, presidente da Associação Brasileira de Fantasy Games, ABFS.
Em 2021 o setor movimentou cerca de R$ 66 milhões no Brasil. Estima-se que com a regulamentação que o Marco Legal dos Games vai proporcionar, esse mercado gera cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos no próximo ano e tenha um crescimento de 120% da receita do mercado até 2026. “É claro que é um grande investimento e uma grande oportunidade para o Brasil”, destaca Marcondes. O PL n. 2.796 de 2021 aguarda aprovação no plenário do Senado.
Os videogames atraem todas as gerações
Enquanto cada geração se envolve com jogos da sua maneira, mais jovens entusiastas de jogos são mais susceptíveis a interagir de várias formas. Claro, uma parcela considerável da Geração X e Baby Boomers apenas jogam. Gamers da Geração Alfa e Geração Z têm maior probabilidade de se envolver com jogos em mais maneiras.
Engajamento com jogos online por geração:
Gen Alpha 94%
Gen Z 90%
Millenials 82%
Gen X 67%
Baby Boomers 47%
Sem surpresa, jogar continua sendo o meio mais comum de engajamento para as diferentes gerações. Enquanto isso, assistir aos jogos e outras formas de envolvimento tende a cair com a idade. Isso pode ser parcialmente devido a esses jogadores mais antigos não terem crescido como nativos digitais e foram acostumados a videogames como um meio exclusivamente para jogar.
Assistir conteúdo de vídeo sobre jogos é um passatempo popular no Brasil. Mais da metade da população coberta assiste a conteúdo de vídeo de jogos, com mais de um quarto assistindo a conteúdo de eSports. Aqueles que jogam, mas não assistem a conteúdo relacionado (25%) e aqueles que assistem a conteúdo relacionado, mas não jogam (3%) estão em minoria.
“No caso dos fantasy games temos um contingente grande de gamers. Hoje são cerca de 30 milhões de praticantes no Brasil, que além de jogar, consomem conteúdo com dicas, e experiências de outros jogadores. Esse número só tende a aumentar com a aprovação do PL 2796/21 (Marco dos Games) no Congresso”, explica Rafael Marcondes.
OVERVIEW
79% da população on line engaja com vídeo games
76% jogam
54% assistem
34% se envolvem de outras maneiras
Quase metade dos gamers joga em amis de uma plataforma
Nos últimos 6 meses, 57% dos jogadores gastaram com games
Estudos do Newzoo: How consumers engage with games today 2022 Key Insights Into Brazilian Gamers