A Inteligência Artificial (IA) generativa emerge como a principal tendência de tecnologia para 2024, prometendo uma transformação radical na forma como as empresas gerenciam seus recursos de TI. Esta é a constatação da especialista Clarissa Matos, Lead Solutions Architect da dataRain, que acompanhou de perto o AWS re:Invent 2023, evento anual da provedora de nuvem, realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos. A feira traz novidades para o setor e as perspectivas que moldarão o cenário de TI nos próximos anos.
Thais Lino, líder de Inteligência de Dados da dataRain, também participou do evento e trouxe as questões voltadas à cibersegurança, como base para o sucesso dessa inovação. “A IA generativa surge como a protagonista desse cenário, apontando para uma era de democratização da inteligência artificial. Por isso, é necessário que haja um ambiente seguro para garantir a confiança, a integridade no desenvolvimento, implementação e uso dessas tecnologias, mitigando riscos e protegendo contra ameaças potenciais”, disse.
As tendências apresentadas no evento são ainda endossadas pela pesquisa mais recente divulgada pela Gartner, projetando que a democratização da IA generativa será impulsionada pela convergência de modelos pré-treinados e pela computação em nuvem. De acordo com o estudo, mais de 80% das organizações deverão adotar APIs e modelos GenIA até 2026. “Esse movimento traz consigo a necessidade de uma gestão de confiança, risco e segurança de IA, visando mitigar possíveis efeitos negativos não controlados”, ressaltou Thaís.
Já Clarissa, destacou a adesão cada vez maior aos chatbots pelo público, o que vai acontecer de forma rápida e natural. Ela ressalta a principal atração da feira: o lançamento da “Amazon Q”, um chatbot voltado para corporações e empresas, auxiliando colaboradores na execução de tarefas diárias, como resumo de documentos estratégicos, preenchimento de fichas e respostas.
“O ‘Q’ foi projetado para ser mais seguro e privado do que um chatbot voltado ao consumidor final”, disse Clarissa. “Esta solução traz padrões de código, resolução de problemas e recomendações relacionadas às escolhas arquitetônicas da AWS. Sua interface permite a elaboração de prompts para obter informações específicas, tornando-se uma ferramenta versátil para aprimorar a eficiência operacional.”
A executiva destaca que a tendência terá um alcance ainda maior, como auxiliar a forma como se administram os dados de saúde. Exemplo disso é a apresentação do AWS HealthOmics. “A ferramenta facilita o armazenamento, consulta, análise e geração de insights, a partir de dados genômicos e biológicos. A sustentabilidade também foi abordada com a criação de cargas de trabalho de próxima geração usando dados abertos, destacando o AWS Open Data e suas aplicações, incluindo o Amazon Neptune para bancos de dados de gráficos”, comentou.
Com informações de M&C e Mercado&Tech
Foto: Divulgação/DFreire