Neste final de semana, a Praça da Vitória, no coração de Presidente Figueiredo, será palco da XXII edição do Festival Folclórico do município. O evento, que celebra a diversidade cultural da região, reunirá 15 agremiações folclóricas competindo nas categorias de Quadrilhas, Cirandas e Dança Regional Nordestina (Cangaço), além de contar com a participação especial do Boi-Bumbá Filho da Mata e do Ritual Indígena Corpo de Dança Caprichoso (CDC).
Pela primeira vez, o festival também terá apresentações de três grupos socioculturais: o Carimbó do Grupo Intergeracional Sara Coimbra, formado por idosos da comunidade; o grupo Sem Limites, do Centro Municipal de Apoio à Juventude (CMAJ), composto por Pessoas com Deficiência (PcDs); e a participação do artistas John & Johniely, que apresenta a arte do mamulengo nas ruas.
O XXII Festival Folclórico é organizado pela Associação Folclórica e Carnavalesca Figueiredense (Afcaf), com o apoio da Prefeitura de Presidente Figueiredo, por meio de diversas secretarias municipais, como a Secretaria Municipal de Cultura e Eventos (Semculte).
A prefeitura é responsável pela estrutura do evento, incluindo som, iluminação e suporte logístico, além de realizar o transporte dos grupos folclóricos das comunidades rurais para a sede do município. O financiamento para os grupos participantes é garantido por meio de um edital de chamada pública (Edital n⁰ 01/2024), que assegura recursos para a confecção de cenários, indumentárias e organização dos ensaios.
Voluzia Menezes, associada da Afcaf e produtora cultural, destaca a importância de ter uma data fixa para a realização do festival, o que tem facilitado a preparação dos grupos. “Somente na gestão Patrícia Lopes, passamos a ter prioridade enquanto agentes culturais. A cada ano, o festival era realizado numa data diferente. Agora, não. Ficou definido agosto, e sei que permanecerá pelo compromisso que a prefeita vem demonstrando a cada ano”, afirmou.
Inclusão e Cidadania
Pela primeira vez, artistas PcDs vão participar oficialmente do Festival Folclórico de Presidente Figueiredo. A inclusão deles nos eventos culturais, com patrocínio do poder público municipal, começou a ser incentivada pela prefeita Patrícia Lopes, a partir do espetáculo Paixão de Cristo. Desde então, passaram a ser incluídos em todos os demais eventos oficiais, como o Auto de Natal. Em eventos como a Festa do Cupuaçu e o Carnachoeira, há espaços exclusivos para que possam assistir à programação em camarote acessível, coordenado pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), entidade apoiada pela prefeitura.
Impacto econômico e social
Os vencedores de cada categoria do festival receberão premiações em dinheiro e troféus, do primeiro ao terceiro lugar. Os grupos participantes vêm da sede do município, do distrito de Balbina e de diversas comunidades rurais, como Micade, Novo Rumo e Rumo Certo, situadas ao longo da BR-174 e da rodovia estadual AM-240.
A produtora cultural, Voluzia Menezes, chama atenção para o impulso dado à cultura e à economia criativa do município durante a gestão de Patrícia Lopes, que investiu na melhoria dos espaços públicos e na valorização dos artistas locais.
“Desde que iniciou sua gestão, a Cultura ganhou visibilidade pelas obras nas Praças da Vitória e da Cultura, onde acontecem os principais eventos. Hoje, até quatro grupos podem ensaiar ao mesmo tempo graças ao espaço ampliado e à qualidade da área reformada e construída”, comenta.
Outro destaque da gestão é a implantação do Programa Mais Cultura, que beneficiou diretamente artistas e grupos de dança, proporcionando-lhes oportunidades em eventos realizados nas comunidades.
“O instrumento da Chamada Pública, além de trazer transparência na aplicação dos recursos públicos, impulsionou economicamente as manifestações culturais, com orientação para o cadastro e credenciamento dos grupos, o que possibilita a antecipação do repasse para que todos tenham condições de confeccionar seus cenários, indumentárias e organizar seus ensaios com a garantia de fazer um espetáculo melhor”, afirma Voluzia.
Fomento à economia local
O impacto do fomento à cultura vai além do festival, gerando renda e aquecendo o comércio local. “Durante todo o período que antecede o festival, acontece a geração de renda devido ao aporte recebido pelos grupos, que contratam costureiras, coreógrafos, teatrólogos, artesãos, soldadores, pintores, entre outros profissionais, promovendo o aquecimento do comércio local”, avalia Voluzia Menezes.
Com a promessa de ser um espetáculo de diversidade cultural e inclusão social, o XXII Festival Folclórico de Presidente Figueiredo reafirma a importância do apoio institucional para o fortalecimento das tradições e para o desenvolvimento econômico do município.