O dia 20 de outubro é conhecido por ser o Dia Mundial da Osteoporose, que visa conscientizar a respeito da prevenção e dos cuidados relacionados com essa que é uma doença silenciosa, marcada pelo aumento da fragilidade óssea. “Não há sintomas. O osso vai ficando fraco até que ocorra uma fratura”, explica o reumatologista Leandro Parmigiani.
A osteoporose pode oferecer consequências graves que vão além das fraturas. As fraturas no quadril causadas pela doença possuem um índice de óbito de 20% por conta de tromboembolismo pulmonar ou sangramento. “O risco de ocorrer uma nova fratura nestas pessoas é maior. Há pacientes que persistem com dor no local da fratura, deformidades, redução de mobilidade, dificuldade de locomoção e depressão”, destaca ele.
A osteoporose é uma doença mais comum no público feminino, especialmente por conta da redução de hormônios como o estrogênio após a menopausa. Mas esse não é o único fator. “O histórico familiar da doença, a existência de fraturas prévias, tabagismo, estatura baixa, pouco peso, doenças osteometabólicas, má nutrição ou absorção dos alimentos, uso de alguns medicamentos, ingestão excessiva de álcool e sedentarismo estão entre alguns dos fatores de risco ligados à doença”, explica o médico.
Segundo o especialista, para prevenção da doença é essencial que haja uma mudança no estilo de vida, com uma alimentação rica em cálcio, sol diário para absorção da vitamina D, prática de exercícios físicos com carga como a musculação, controle de doenças existentes e evitar o tabagismo e o excesso de álcool.
Para o tratamento da doença, Leandro ressalta que a primeira medida é identificar a causa e tratar da doença de base. No caso da osteoporose pós-menopausa, o objetivo é evitar a perda de massa óssea e evitar fraturas. “Há medicamentos disponíveis que conseguem reduzir a reabsorção óssea como os bisfosfonatos. Também existem opções para aumentar a formação e remodelamento ósseo, como a Teriparatida e Romosozumabe. Todos os tratamentos têm suas indicações e contraindicações, por isso é importante consultar um Reumatologista nesta decisão e acompanhamento”, avalia.
O diagnóstico da doença acontece a partir da realização da densitometria óssea, por meio de exames laboratoriais e na presença ou não de fraturas ósseas observadas pelo raio-X, além de uma análise da história clínica do paciente.