Assim como outubro e novembro são marcados por campanhas de conscientização sobre a saúde da mulher e do homem, março também tem uma iniciativa importante: o Março Lilás, dedicado à prevenção e combate ao câncer de colo do útero. Embora ainda pouco divulgado, esse tipo de câncer é o terceiro tumor maligno mais frequente entre mulheres no Brasil e a quarta maior causa de morte feminina por câncer.
A conscientização sobre essa doença é essencial, pois, em muitos casos, pode ser evitada. Recentemente, a influenciadora digital Aline Campos compartilhou em suas redes sociais que precisou passar por uma cirurgia para remover uma lesão pré-cancerígena causada pelo HPV. Em seu vídeo, Aline ressaltou a importância da prevenção e reforçou que o vírus do papilomavírus humano (HPV) é altamente comum e, muitas vezes, silencioso. Ela destacou que, além da necessidade de tratamento em casos mais graves, é possível se prevenir com a vacinação conta o HPV, a realização periódica do exame Papanicolau e o uso de preservativos.
Para a psicóloga Josefa Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Sexualidade da Holiste, além dos impactos físicos, o diagnóstico também pode afetar a saúde mental da mulher. “Receber essa notícia é um processo delicado, pois interfere diretamente na autoestima. Muitas mulheres relatam sentir-se rejeitadas ou não desejadas pelos parceiros. Em alguns casos, isso pode até afetar o desejo de maternar, trazendo culpa e conflitos com a própria imagem”, explica a especialista.
Josefa também chama a atenção para os tabus que cercam o HPV e o câncer de colo do útero, dificultando a busca por informações e cuidados adequados. “A falta de diálogo sobre o tema afasta as mulheres da própria sexualidade e pode impactar negativamente os relacionamentos. Muitas acabam se isolando ou desenvolvendo transtornos emocionais. Por isso, é fundamental buscar acompanhamento médico e psicológico, garantindo tanto a conscientização quanto o suporte emocional necessário”, finaliza.
Com a campanha Março Lilás, iniciativas como a de Aline Campos reforçam a importância de falar sobre prevenção, diagnóstico precoce e apoio emocional para reduzir os impactos do câncer de colo do útero na vida das mulheres.