O fator financeiro das pessoas ainda é determinante para o bem-estar corporativo. É o que mostra a pesquisa “Check-up de bem-estar 2023”, desenvolvida pela Vidalink, maior empresa de plano de benefícios de bem-estar corporativo do Brasil. 53,44% de 8900 respondentes entre 217 empresas afirmam apresentarem preocupações financeiras sempre ou em algum momento do dia a dia. 26,68% das pessoas às vezes se descontrolam nos gastos, 17,18% não conseguem manter uma boa saúde financeira e 9,58% possuem um quadro crítico de dívidas. Para Luis Gonzalez, CEO e cofundador da Vidalink, a preocupação pode refletir em problemas de saúde mental e prejudicar a qualidade de vida.
“Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 78,5% das famílias brasileiras relatam ter dívidas a vencer. Não há como separar o bem-estar das condições econômicas. Uma pessoa preocupada em pagar as contas dificilmente conseguirá reservar tempo e dinheiro para praticar exercícios físicos, se alimentar de maneira saudável, fazer terapia e se desenvolver profissionalmente. É por isso que a jornada de cuidado nas empresas deve envolver uma visão holística sobre as necessidades de cada indivíduo”, declara Luis González.
Pessoas superendividadas também estão três vezes mais propensas a ter problemas graves de saúde mental, conforme o relatório do Money and Mental Health Policy Institute. O mesmo estudo identificou que 93% das pessoas com a saúde mental abalada gastam mais do que o normal, 92% acham mais difícil tomar decisões financeiras e 74% adiam o pagamento de contas.
Os entraves financeiros também recaem na interrupção dos tratamentos de saúde. Segundo pesquisa do Gallup, 94% dos entrevistados se sentem constantemente preocupados com os preços dos medicamentos e tratamentos médicos. “O plano de saúde precisa ser complementado com o auxílio de medicamentos para garantir que cada indivíduo siga o tratamento prescrito e consiga se recuperar plenamente. Benefícios em alimentação, saúde física e mental, bem como em desenvolvimento pessoal e profissional, também devem ser disponibilizados para que o bem-estar não seja colocado em segundo plano”, destaca Luis González.