A diabetes, doença crônica que afeta milhões de brasileiros, ocorre quando o corpo não consegue controlar corretamente os níveis de açúcar no sangue. De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil ocupa o quinto lugar no mundo em número de casos da doença, e as projeções indicam que, até 2030, mais de 21,5 milhões de pessoas serão afetadas.
O mês de novembro, conhecido como Mês da Diabetes, busca conscientizar sobre a gravidade da condição, principalmente entre os grupos de risco, como idosos e pessoas com histórico familiar. Nessa faixa etária, a falta de controle pode causar complicações severas, exigindo um cuidado especializado.
“É fundamental que haja um acompanhamento contínuo e especializado, principalmente entre idosos, que são mais suscetíveis às complicações da doença”, explica Jéssica Ramalho, Diretora de Operações (COO) da Acuidar, rede de cuidadores especializados. Segundo ela, o monitoramento adequado não apenas auxilia no controle glicêmico, mas também previne o surgimento de comorbidades associadas, como hipertensão e problemas cardiovasculares. O manejo diário do diabetes, aliado à orientação médica, é essencial para minimizar o impacto da doença na rotina dos pacientes.
De acordo com a especialista, a diabetes exige atenção constante para que o paciente mantenha a qualidade de vida. O controle envolve cuidados como a alimentação equilibrada, a prática de exercícios e o monitoramento regular dos níveis de glicose. Para idosos, que muitas vezes enfrentam outras condições crônicas, o suporte de cuidadores qualificados é um fator decisivo. “O papel do cuidador vai além de auxiliar em tarefas diárias. Ele garante que o idoso siga as recomendações médicas corretamente, promovendo um ambiente seguro e propício ao controle da doença”, reforça Jéssica.
Diabetes e envelhecimento
Com o envelhecimento da população, a diabetes tipo 2 tem se tornado cada vez mais comum entre os idosos, grupo que já apresenta maior vulnerabilidade a complicações de saúde. A combinação da idade avançada com a dificuldade de controlar os níveis de açúcar no sangue resulta em problemas graves, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal e até amputações. Para lidar com a condição, é necessário um acompanhamento médico constante e o apoio de profissionais capacitados que assegurem os devidos cuidados, considerando as limitações e necessidades específicas dessa faixa etária.
“O processo com o idoso diabético exige uma atenção redobrada, pois muitas vezes ele já apresenta outras condições de saúde, como hipertensão e problemas cardíacos”, ressalta Jéssica. Além do tratamento da doença em si, é importante focar na prevenção de complicações e na adaptação do paciente à sua rotina diária, visando o seu bem-estar e qualidade de vida.
Prevenção e educação
A prevenção é um dos aspectos mais importantes no combate à diabetes, especialmente entre os grupos de risco. A educação da população sobre os fatores que podem desencadear a doença, como sedentarismo e obesidade, é essencial para frear o avanço da incidência. “A conscientização sobre os hábitos de vida saudáveis deve começar cedo, mas nunca é tarde para adotar mudanças que podem melhorar a qualidade de vida”, afirma Ramalho. Iniciativas educativas, realizadas principalmente durante o Mês da Diabetes, têm desempenhado um papel de impacto na promoção de hábitos que reduzem as chances de desenvolver a doença.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são igualmente importantes para evitar complicações graves, como amputações e perda de visão, que ainda afetam um número considerável de diabéticos.