Diversas regiões do Brasil estão registrando um aumento expressivo nos casos – e nas hospitalizações – de gripe (Influenza), H1N1 e outras síndromes respiratórias, principalmente entre crianças e idosos. O avanço das ocorrências, principalmente nas últimas semanas, é acompanhado pela transição do clima, típica do outono, que favorece a disseminação de vírus respiratórios. Seguindo seu compromisso com o desenvolvimento de um ecossistema de saúde sustentável e centrado nas pessoas, a Acessa – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde separou algumas dicas de como o autocuidado em saúde pode prevenir casos e amenizar possíveis desconfortos.
Segundo os últimos dados do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)¹, mais da metade dos estados brasileiros apresenta nível de alerta ou de alto risco, com sinal de crescimento na tendência de casos, a longo prazo, de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), apontando que podemos ter uma sazonalidade de doenças respiratórias com uma maior intensidade em 2025.
“Nesta época do ano, alguns vírus respiratórios costumam circular com maior frequência e o clima mais frio e seco facilita a propagação destes vírus por levar a um ressecamento das vias aéreas, aumentando a vulnerabilidade a infecções respiratórias. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma condição em que uma infecção respiratória se agrava, levando a uma inflamação nos pulmões, com falta de ar e diminuição da capacidade de oxigenação do sangue. Diversos agentes infecciosos podem levar a este quadro. Dentre os vírus respiratórios, os mais frequentes são o Influenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Coronavírus, Adenovírus e Rinovírus.”, afirma o Dr. Marcello Caniello, médico otorrinolaringologista e Gerente Médico Sênior do Aché.
O cenário serve de alerta para a população e a principal recomendação é fortalecer as medidas de prevenção, como: manter a vacinação em dia, especialmente para os grupos prioritários, além de higienizar as mãos com frequência, evitar locais fechados e com aglomeração, manter os ambientes ventilados e, se possível, utilizar máscara em locais com maior risco de contágio. “É recomendável se vacinar contra a gripe, já que o vírus Influenza é um dos principais causadores de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Atualmente, há também uma vacina disponível contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que é um importante vírus relacionado a quadros respiratórios graves, especialmente em crianças e idosos. As vacinas, além de serem bastante eficazes em evitar o contágio por estes vírus, também ajudam a evitar a evolução para as formas mais graves da doença. Além disso, é sempre importante manter hábitos saudáveis, como uma boa alimentação, hidratação, não fumar, dormir bem e fazer atividades físicas”, complementa o especialista.
Caso apresente algum sintoma, como tosse, febre, dor de garganta, sintomas nasais (coriza, obstrução nasal), dor de cabeça e dores no corpo, há alguns cuidados que podem ser adotados para melhorar o desconforto e evitar a propagação do vírus: “Na maioria das vezes, os quadros virais são autolimitados, apresentando boa evolução e melhora completa em poucos dias com o uso de analgésicos e antitérmicos (caso o paciente não tenha alergia aos medicamentos). É sempre importante manter uma alimentação saudável, se hidratar bem, e repousar, mantendo um bom período de sono. Lavar o nariz com solução fisiológica pode ajudar a levar a uma recuperação mais rápida da função nasal. Em caso de sintomas, mantenha os ambientes bem ventilados e evite contato próximo com outras pessoas, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e lavar frequentemente as mãos para evitar a propagação do vírus”.
Se os sintomas não desaparecerem em até 3 dias, deve-se procurar atendimento médico, o diagnóstico precoce é fundamental para a indicação de tratamento adequado e prevenção de complicações. “O autoconhecimento permite identificar alterações como cansaço além do normal, falta de ar, febre persistente ou piora dos sintomas para procurar atendimento médico.”, conclui o Dr. Marcello Caniello