Médicos da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil explicam que as crianças e os adolescentes com síndrome de Down frequentemente enfrentam desafios específicos relacionados ao sono, que podem impactar significativamente sua qualidade de vida. A apneia obstrutiva do sono é o mais comum entre eles.
A apneia do sono é significativamente mais prevalente nas pessoas com síndrome de down do que na população geral. Isso pode ser atribuído a características físicas como hipotonia (diminuição do tônus muscular), anatomia craniofacial particular e maior incidência de obesidade. Alterações nas estruturas das vias aéreas superiores também podem aumentar o risco de obstrução durante o sono.
Para enfrentar esses desafios, é essencial uma avaliação médica cuidadosa, incluindo possíveis estudos do sono (polissonografia), para diagnosticar corretamente e tratar qualquer distúrbio do sono.
Medidas como a utilização de CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), podem ser recomendadas para ajudar a manter as vias aéreas abertas durante a noite. Além disso, ajustes no estilo de vida, como a implementação de uma rotina regular de sono, a prática de exercícios físicos e a manutenção de um peso saudável, também podem ser benéficos. Estas abordagens podem melhorar significativamente a qualidade do sono e, por extensão, a qualidade de vida desses indivíduos.