O vereador Amom Mandel (Cidadania) anunciou que vai intensificar as ações de fiscalização nas 803 ruas asfaltadas pelo programa “Asfalta Manaus”. Segundo a Prefeitura de Manaus, 10 mil ruas seriam atendidas pelo programa e deste total, mil já tinham recebido asfalto nos últimos dois meses. Mas na lista das vias atendidas, obtida pelo site Radar Amazônico, constam apenas 803 nomes, muitas receberam apenas tapa-buracos, não sendo plenamente recapeadas.
“Eu e minha equipe já estamos catalogando essas ruas e, inicialmente, já temos ao menos uma inconsistência: Não há 100% de recapeamento. Lembro que o atual prefeito prometeu pra toda Manaus que iria recapear as vias, não apenas tapar buracos. Em breve teremos os dados consolidados com a ajuda do app buracômetro que segue em testes”, adiantou Amom Mandel.
O programa teve investimento de R$ 110.442.704,28, sendo R$ 100 milhões do Estado e o restante do Município. Para Amom, a falta de transparência é uma característica da atual gestão. O parlamentar criticou ainda a aplicação de dinheiro público para o serviço de publicidade que tem divulgado as informações sobre o programa.
“É um absurdo que a Prefeitura empregue dinheiro público da Secretaria Municipal de Comunicação para fazer propaganda enganosa, 800 ruas são 800 ruas e mil ruas são mil ruas. É preciso ter sempre um compromisso com a verdade, um compromisso que a Prefeitura parece não ter. Propaganda enganosa é um absurdo. Não podemos tirar dinheiro dos nossos impostos para alimentar esse tipo de coisa”, disse Amom.
Amom também relembrou que teve o requerimento de informações nº 4703/2022 rejeitado pelo plenário da Câmara Municipal de Manaus. O material cobrava a lista de nomes das 10 mil ruas que devem ser asfaltadas pelo programa “Asfalta Manaus”, uma parceria do Governo do Amazonas e da Prefeitura de Manaus. Segundo o Diário Oficial do Município, R$ 187 milhões foram empenhados para a aquisição de asfalto.
“E como não foi respeitada com a rejeição de outros requerimentos também de minha autoria, sem sequer haver discussão. O que a Prefeitura responde, senão apenas elogios? Para que serve a Câmara Municipal senão para fiscalizar e servir como freio e contrapeso ao Poder Executivo?”, afirmou.