BRASÍLIA. Em discurso na tribuna do Senado hoje o senador Plínio Valério (PSDB-AM) protestou mais uma vez contra ações do Ministério Público Federal no Amazonas que, em parceria com ONGs financiadas por bilhões de governos e grandes fundos estrangeiros, está condenando a pobreza o estado que poderia ser o mais rico do País , ao impedirem a exploração legal de suas grandes reservas de nióbio, potássio, prata , gás, terras raras, ouro e outras jazidas minerais. Plinio criticou a interferência de grandes potências como Canadá e França, cujo presidente Emanuel Macron vive a dar ordens contra o desenvolvimento da Amazônia, enquanto boicota o acordo do Mercosul com a União Europeia para proteger seus produtores agrícolas.
_ Para terem uma ideia, lá em São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro, onde as ONGs comandam, a reserva de nióbio – que ninguém toca, porque ninguém pode tocar – corresponde a 96% do nióbio do planeta. O Canadá sustenta sua saúde com a exploração de apenas 1.5% do seu potássio, e nós não podemos ( explorar o potássio de Autazes). E o Brasil importa 80% do potássio usado no nosso agronegócio. E sabe de onde vem o potássio? Do Canadá também. E sabe onde o exploram no Canadá? De reservas indígenas dos povos originários. Chamar esse pessoal de hipócrita é pouco_- reagiu Plínio.
A mais recente investida dos procuradores do MPF visa impedir o investimento e paralisar obra de R$6 bilhões para exploração de gás em Silves . No plenário hoje senadores se sucederam na tribuna para protestar também contra o ataque de dirigentes da rede de supermercado francesa Carrefour a importação de carne brasileira.
_ E compete a nós gritar, denunciar, brigar, dizer que são hipócritas . O Macron é um cretino! Fica pregando para nós, chega aqui e dá lições para nós, e lá sequer consegue apagar o incêndio de uma catedral chamada Notre Dame, que é um patrimônio mundial. Vem uma professora francesa, ex-ministra da Justiça, para ministrar aulas na USP, com dinheiro pago por vocês, dizer que a Amazônia não é nossa , que cabe a todo o resto do Planeta ditar normas sobre a Amazônia _ desabafou o senador amazonense.
Ele lembrou ainda que em Baku, onde está acontecendo na COP29, o Azerbaijão vive do petróleo que explora no Mar Cáspio. E com um resultado desastroso nas negociações sobre quem vai pagar a conta de Países como o Brasil que não pode explorar suas riquezas para salvar o planeta, a delegação brasileira de 1945 pessoas nessa voltará sem dinheiro e cheia de deveres para o Brasil cumprir.
_ Só nos trazem tarefa, como diz o Amin, remorso e culpa . Eu não vim a Brasília como Senador para pedir esmola. Eu não estou aqui de pires na mão, pedindo favor e esmola, eu estou aqui na tribuna exigindo justiça para o Amazonas _ encerrou Plínio.
Em aparte, o senador Esperidião Amin (PP-SC) elogiou a persistência de Plínio na luta contra ONGs e em defesa da Amazônia.
_ Se não houvesse a sua voz firme e determinada, abalizada com argumentos sempre fundamentados a favor desse direito do povo do Estado do Amazonas e da Região Amazônica de sobreviver com dignidade, perderíamos muito _ Disse Amin.