BRASÍLIA. Crítico da ausência de critérios, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez hoje da tribuna um alerta e um pedido para que a Eletronorte reveja a política de demissões adotada após sua privatização no conglomerado da Eletrobras. Plínio reclamou que, ao mesmo tempo em que demite, a empresa resolveu beneficiar os seus dirigentes : cada dirigente passou a receber pelo menos 300 vezes mais do que recebia. Plínio lembrou que já em julho passado ocupou a tribuna para alertar sobre o risco de demissão em massa quando a direção da Eletrobras, que privatizou a Amazonas Energia, foi privatizada. No alerta ele falou das consequências do desmonte do setor elétrico nacional, principalmente do Estado do Amazonas.
“Haveria uma demissão em massa! Ficou claro isso, porque a empresa alegou que existia uma dívida enorme da Amazonas Energia relacionada com a compra de combustível. E nesse comunicado diziam que visavam atingir meta de descarbonização. Em nome disso, estava desativando algumas usinas. Na prática, significa faturar muito com o desemprego. Chamei atenção para esse desmonte, dizendo também que não havia qualquer garantia de preservação, do atendimento às populações, e também no plano de demissão do pagamento desses funcionários”, reclamou Plínio Valério.
Ele relatou aos senadores gravíssimo fato ocorrido na tarde do último domingo passado, quando um princípio de incêndio teria ocorrido nas instalações da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. De acordo com as informações extraoficiais, o incêndio teria sido causado por uma explosão em um dos transformadores. As demissões de técnicos podem estar ligadas a falta de manutenção que levou ao acidente.
“A usina de Tucuruí é uma das maiores do País e eventual suspensão de suas atividades traria efeito dramático sobre a nossa economia sem falar dos riscos diretos à população. Para que não haja outros incidentes e acidentes dessa natureza, façamos aqui mais um alerta: que a empresa que privatizou veja, reveja, analise esse seu esquema de demissão em massa”, cobrou Plínio Valério.