O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reagiu com preocupação ás declarações e acordos assinados pelo presidente Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, em eventos no Pará. No momento em que a União Europeia decide atender os agricultores europeus, para derrubar a sua lei antidesmatamento e a regra de manter preservação de apenas 4% das propriedades rurais, Macron vem ao Brasil para junto com Lula lançar o ambicioso “Plano de ação sobre a bioeconomia e a proteção das florestas tropicais”, o que deverá resultar em barreiras mais duras contra os agricultores brasileiros, obrigados a preservar de 20% a 80% de suas terras ,como é o caso de regiões da Amazônia.
Ao saudar o acordo, Lula prometeu a Macron que o governo vai continuar com a demarcação de novas terras indígenas e criação de mais reservas florestais, o que impede a exploração das riquezas da Amazônia e a geração de empregos, como no caso das barreiras impostas á exploração do potássio em Autazes. Com situação política precária em seu País, Macron cede ás pressões do agronegócio francês e é o maior opositor ao fechamento do acordo do Mercosul com a União Europeia. Agora vem ao Brasil posar para fotos como o salvador do Planeta para agradar os eleitores progressistas .
Macron voltou a defender, em seu discurso, o sonho antigo de acabar com a soberania brasileira sobre a Amazônia. Disse o presidente francês: “discutir o status internacional da Amazônia é questão que se impõe”.
“Mesmo sendo o chefe de Estado que mais atrapalha o acordo MercoSul/União Europeia, Macron foi recebido por Lula com flores e sorrisos sob o manto de ajudar no avanço da Bioeconomia . Adivinhem onde? Na Amazônia! Enquanto isso na Batcaverna “, criticou o senador Plínio Valério.
No encontro em que Macron condecorou o cacique Raoni, o líder indígena falou o que o francês queria ouvir: que o governo brasileiro continue impedindo a construção da Ferrovia Ferrogrão, considerada fundamental para o escoamento da safra agrícola na região Norte e Centro-Oeste.
“Tudo premeditado. Macron veio ao Brasil insistir na sua tese de governança mundial da Amazônia e ditar regras contra o nosso desenvolvimento”, alertou Plínio.