A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), cumpriu, na quarta-feira (28/05), mandado de prisão condenatória em nome de Luciane Barbosa Farias, 39, conhecida como “Dama do Tráfico”, condenada pela Justiça do Amazonas pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação para o tráfico.

Conforme o delegado Thomaz Vasconcelos Dias, titular da unidade especializada, a prisão foi efetuada em razão de uma investigação feita em sigilo pela DERFD.

“Há uma investigação em andamento – cujas as informações não podem ser divulgadas no momento –, em relação a uma organização criminosa envolvida com roubos e fraudes. E verificamos a participação da ‘Dama do Tráfico’ nas práticas criminosas”, disse o delegado.

Segundo o delegado, na quarta-feira, a equipe policial da DERFD saiu em diligência e deu cumprimento ao mandado de prisão em nome de Luciane em uma residência, no bairro Cidade de Deus, zona norte.

“Entendemos que ontem seria o melhor momento para dar cumprimento à prisão, sem que houvesse interferência nas investigações, e ela será apresentada à Justiça para cumprir a pena a qual foi sentenciada”, falou o delegado.

Luciane Barbosa Farias foi condenada a 10 anos por lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação para o tráfico e está à disposição da Justiça.

Vale a pena lembrar de novo: Ministério de Lula pagou viagem para Brasília de Luciane Barbosa Faria que é casada com Clemilson Farias,  o Tio Patinhas, que é condenado a 31 anos de prisão

Jornais do Brasil e Mundo noticiaram em meados de novembro de 2023 a manchete sobre Luciane.

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, comandado na época por Silvio Almeida, custeou a ida a Brasília de Luciane Barbosa Farias, esposa de homem apontado como líder do Comando Vermelho do Amazonas.

A pasta disse que o custeio aconteceu para a participação do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, entre os dias 6 e 7 de novembro.

A nota afirma ainda que as passagens foram pagas com orçamento desses comitês, que têm autonomia administrativa e financeira. O nome de Luciane não consta das agendas oficiais do ministério. Em nota, a pasta admitiu que a “cidadã”, como se referiu a ela, de fato foi recebida por secretários de Dino, como parte de uma comitiva. O ministério também afirmou que “seria impossível para o setor de inteligência ter detectado sua presença, pois ela estava acompanhada de outras pessoas“.

Disse ainda que o pagamento foi feito a todos os participantes do evento nacional e que os integrantes foram indicados pelos comitês estaduais.

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal O Globo.

“Nem o ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes”, disse a pasta, em nota.

Luciane também foi recebida por membros do Ministério da Justiça, pasta comandada na época pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino.