BRASÍLIA. Autor da Lei Complementar 179/21 que deu autonomia ao Branco Central para evitar guinadas ideológicas e mudança da política monetária nas trocas de presidente da República, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) repudiou hoje a campanha sistemática liderada pelo presidente Lula e ministros contra o premiado presidente do banco, Roberto Campos Neto. Inconformados com a lei de autonomia que proíbe a troca nos dois anos seguintes a posse do novo presidente, os petistas agora buscam brechas para afastá-lo, alegando por exemplo, incompetência. Mas a lei diz que isso só é possível com condenação, incompetência comprovada, indicação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e aprovação do Senado por maioria absoluta. (Artigo 5* Lei complementar 179/21)
Plínio garante que o Senado não aprova e diz que a alegação de incompetência é completamente descabida, já que Campos Neto foi escolhido presidente do ano de bancos centrais na América Latina, segundo o LatinFinance Banks of the Year Awards. Foi escolhido justamente pela forma como lidou para conter os efeitos da pandemia, da guerra na Ucrânia e o aperto financeiro global 2022. O economista é condecorado pelos esforços dele para aumentar a credibilidade do banco. A premiação diz que ele foi o gestor mais eficaz da América Latina na política monetária de julho de 2021 a junho de 2022.
_ Nós , no Senado,não vamos referendar uma maluquice dessas para desacreditar ainda mais o País. A autonomia do Banco Central deu certo. O PT está chateado, magoado porque não vai poder baixar juros de forma artificial e emitir moeda. Graças a autonomia do BC o Brasil foi salvo. Já imaginou o petista com essa loucura levar o País à escalada da inflação ? Iríamos a bancarrota como na Argentina _ repudiou Plínio.
O governo Lula quer forçar uma queda de juros artificial que pode levar a escalada da inflação em um momento delicado da economia nacional, como aconteceu na Argentina, e não admite a permanência de Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aprovado pelo Senado para mandato que vai até 2024 pela nova lei. De forma inusitada, a Ministra da Ciência e Tecnologia Luciana Santos chegou a defender que estudantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) fossem ás ruas contra a política monetária de Campos Neto.