Na manhã desta sexta-feira (1°/09), a Frente Parlamentar de Cuidados e Prevenção à Depressão, Suicídio e Drogas da Câmara Municipal de Manaus (CMM), presidida pelo vereador João Carlos (Republicanos), realizou uma blitz educativa em alusão ao “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio.
Voluntários promoveram uma blitz educativa no cruzamento das avenidas Constantino Nery e Pedro Teixeira, entregaram folhetos explicativos sobre a importância da Campanha. O vereador João Carlos aproveitou a oportunidade para alertar sobre os desafios enfrentados por aqueles que lidam com problemas de saúde mental e a necessidade de apoio e compreensão.
“O Setembro Amarelo é uma época crucial para abordar a questão do suicídio e da saúde mental. Precisamos quebrar estigmas e oferecer ajuda àqueles que estão passando por momentos difíceis”, ressaltou o parlamentar.
A ação teve como objetivo sensibilizar a comunidade local para a importância de se manter atenta aos sinais de sofrimento emocional e buscar ajuda quando necessário. Além de cartões educativos, foram distribuídos recursos informativos e contou também com profissionais disponíveis no local.
Para a psicóloga, Minéia Moreira Lopes Lima, a presença do vereador João Carlos demonstra o comprometimento das autoridades locais na luta pela saúde mental e na prevenção do suicídio.
“Espera-se que iniciativas como essa continuem a gerar conscientização e apoio para aqueles que mais precisam durante o Setembro Amarelo e além”, disse.
Dados
O suicídio é um problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama, ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio.
As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).