O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PSD) atacou o atual deputado federal do Amazonas Amom Mandel (Cidadania-AM), por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (09/02), ao declarar que o parlamentar não teria contestado as falas do secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, sobre a possibilidade de extinção dos incentivos fiscais às empresas dos polos industriais no país, representando uma ameaça à Zona Franca de Manaus.
Ramos disse estar surpreso pela falta de reação do deputado federal durante o evento da RenovaBR, na tarde de ontem (08/02), quando Appy fez as declarações, porém Amom, único membro da bancada amazonense presente no evento, divulgou vídeo em que mostra que questionou o secretário sobre a ameaça aos incentivos fiscais que garantem o funcionamento do modelo econômico da região amazonense.
“Appy é um conhecido inimigo da Zona Franca […] e a fala dele é absolutamente esperada. O que eu estranhei foi o comentário de um deputado federal que participou da reunião em que essa fala foi feita, pelo que eu observei não contestou, e fez um comentário depois nas redes sociais como se fosse um comentarista político. Deputado federal não é comentarista político, deputado federal quando vê alguém atacando a Zona Franca tem que levantar a voz, contestar, confrontar, convencer outras pessoas e apresentar uma estratégia de defesa do nosso modelo e, consequentemente, dos empregos dos amazonenses. A função da bancada será fundamental e eu espero que eles tenham grandeza pra isso”, declarou Marcelo Ramos.
Também por meio das redes sociais, Amom declarou que tem uma agenda marcada com representantes do Governo Federal para discutir soluções para garantir a manutenção da Zona Franca de Manaus, desmentindo as informações falsas propagadas por Ramos.
Remorso?
Ramos foi um dos políticos citados no dossiê divulgado por Amom Mandel em 2022, quando ainda era vereador, que expôs os problemas no sistema de transporte público de Manaus desde a primeira licitação realizada no município. À época, em 2006, Marcelo Ramos era o então diretor-presidente do Instituto Municipal de Transporte Urbano (IMTU), quando decidiu divulgar o edital de licitação que permitia a concentração do serviço por parte de um grupo de empresas.