BRASÍLIA . Respondendo aos “lacradores” e a própria ministra do Meio Ambiente Marina Silva que estão usando a tese do sexismo para justificar o tumulto provocado por ela em depoimento na Comissão de Infraestrutura hoje, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez questão de mostrar sua fala, gravada, ressaltando que a mulher deve ser respeitada sempre, mas ministros, governadores ou senadores, todos tem direito de respeitar ou não, de divergir ou não.
“Quando eu continuei, a Ministra Marina interrompeu. Ela já tinha puxado o braço do Presidente, ela tinha calado todo mundo, ela me interrompeu e, daquela forma, me perguntou por que eu dizia aquilo. Eu falei que sim, mulher eu respeito e haverei de respeitar sempre, como dever e com prazer; agora, uma Ministra que não respeita uma população inteira não tem o meu respeito, caramba”, disse Plínio mais tarde, no plenário.
Durante o depoimento em que Marina confrontou e apontou o dedo para os senadores que lhe questionaram sobre sua política ambiental que trava o desenvolvimento do País, Plinio iniciou sua inquirição ressaltando que a respeitava como mulher, mas não como ministra, justamente porque ela condena á tragédia milhões de amazônidas.
Marina se exaltou , interrompeu a fala de Plínio e abandonou a audiência, anunciando que iria processar o senador por um crime que não existiu.
“Querem o quê? Judicializar? Querem o quê? Cassar mandato? Que seja! É um conceito. Eu não posso respeitar quem ironizou a minha população dizendo que a gente quer uma estrada para passear – como se passear não fosse um direito. Ela nos tira esse direito. Então, é isso aí”, reagiu Plínio.
Plinio respondeu aos senadores que comentaram o ocorrido na comissão pela manhã que a palavra machismo não lhe cabe, porque iniciou seu questionamento a Marina justamente elogiando as mulheres.
” Querem me colocar no olho do furacão. Beleza!. Não vou mais me defender. Eu tinha prometido não me defender, porque eu não fui eleito para me defender, eu fui eleito Senador para defender o Amazonas. Não tem defesa minha, não vou me defender e vou defender o Amazonas sempre. Quem quiser que lacre, quem quiser que me acuse. Ainda vão tolerar um ano e meio e, se for pela vontade de Deus, por mais oito anos”, disse Plínio.