O vereador Capitão Carpê (Republicanos) ingressou, na noite desta sexta-feira (19), com uma Ação Popular junto Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para suspender o decreto da Prefeitura de Manaus que aumenta a partir do próximo domingo (21), a passagem de ônibus em Manaus de R$ 3,80 para R$ 4,50.
Segundo o parlamentar, o tema, que é de interesse de toda sociedade manauara, não passou por discussão na Câmara Municipal de Manaus, Casa que representa os anseios da população. A peça jurídica do vereador, inclusive, se baseia na ausência da participação do parlamento municipal.
Carpê acredita que a Prefeitura cometeu um ato autoritário ao não levar para a Câmara Municipal a discussão do tema, algo sensível e que impacta diretamente o orçamento da população de Manaus.
“Sou contra o aumento, os usuários são contra e toda população de Manaus é contra. É uma covardia a Prefeitura aumentar em 20% o valor da passagem de ônibus no mesmo ano que aumentou consideravelmente o IPTU. Minha parte como vereador eu estou fazendo e confio que a Justiça terá a sensibilidade para impedir esse aumento”, afirmou em vídeo postado nas redes sociais.
Na última segunda-feira (15), o diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique Martins, foi até à CMM apresentar os números do transporte coletivo na capital. Segundo a Prefeitura, o sistema é deficitário e depende de subsídios do Executivo Municipal para se manter.
O vereador de Manaus se posicionou sobre o aumento ainda no início da semana, quando denunciou que a Prefeitura já estaria articulando o aumento da passagem.
Capitão Carpê lembrou também que a arrecadação do município cresceu e que do ano passado para cá a Câmara aprovou mais de R$ 1 bilhão em empréstimos à Prefeitura, que poderia ser um caminho para sanar o problema.
“Entendo que o sistema é deficitário, mas não é justo que os mais necessitados, que são os usuários do transporte público, paguem a conta. Que se enxuguem gastos da máquina pública, que usem parte do empréstimo, existem muitas outras ações que a Prefeitura pode tomar antes de repassar esse valor para a população”, concluiu.