No Dia Mundial contra a Raiva, celebrado anualmente em 28 de setembro, é fundamental destacar a importância da vacinação e da prevenção desta doença que pode ser letal. Conhecida há mais de quatro mil anos, a raiva ainda representa uma ameaça significativa à saúde pública. Causada pelo vírus da família Rhabdoviridae e do gênero Lyssavirus, a patologia é transmitida principalmente por mordeduras de animais infectados.
Em relação a esta data, a médica-veterinária Kelly Maiara Lopes Carreiro, ressalta a importância da vacinação na prevenção da doença. “A raiva é extremamente grave e, uma vez que os sintomas aparecem, a letalidade é quase certa. A vacinação é nossa principal ferramenta de prevenção contra a infecção”, afirma.
O vírus da raiva pode afetar diversos mamíferos, incluindo humanos, e é frequentemente mantido por hospedeiros como cães, gatos, carnívoros selvagens e morcegos. “A transmissão ocorre através do contato com a saliva de um animal infectado, geralmente por mordidas ou arranhões. A situação é crítica porque, após a infecção, o vírus atinge rapidamente o sistema nervoso central, provocando sintomas neurológicos graves antes da morte do animal ou da pessoa afetada”, explica Carreiro.
Os sinais de infecção em cães e gatos incluem mudanças comportamentais, agressividade, descoordenação motora, salivação excessiva e sensibilidade à luz (fotofobia), entre outros. No entanto, a médica-veterinária alerta que nem toda agressividade ou salivação excessiva indicam raiva. “É essencial consultar um veterinário ao notar qualquer comportamento atípico em seu pet, pois outros problemas de saúde podem apresentar sintomas semelhantes”, destaca a especialista.
Desde a criação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR) em 1973, a vacinação em massa de cães e gatos tem sido fundamental para reduzir os casos da doença. A vacina antirrábica está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também pode ser encontrada em clínicas veterinárias e pet shops.
Por isso, é de grande importância manter a carteirinha de vacinação do pet em dia e de revacinar animais que foram atacados por outros pets. Além disso, os tutores devem informar imediatamente a vigilância epidemiológica se um animal de estimação for mordido por um animal suspeito. Para aqueles atacados por um infectado, é recomendado lavar o ferimento com água e sabão imediatamente e buscar atendimento médico o quanto antes.