É comum que em datas comemorativas como a Páscoa, muitas empresas humanizem ainda mais os animais, desenvolvendo novos produtos para eles semelhantes aos dos humanos. Um exemplo disso são os ovos de páscoa, que imitam o formato de um ovo de chocolate tradicional, mas mudam o sabor de acordo com as restrições alimentares dos animais.
E os tutores desses pets aproveitam o período da páscoa para presenteá-los com esse produto. A Petz, maior e mais completo ecossistema do segmento pet brasileiro, por exemplo, prevê um crescimento de 10% na venda desses ovos de páscoa para cachorro em relação a 2023.
O professor de criatividade e inovação nos cursos de pós-graduação da ESPM, Marcelo Pimenta, conta que essa humanização dos pets pelas pessoas e, consequentemente, pelas empresas, ocorre por conta do fenômeno Antropoformismo, que consiste em atribuir características ou aspectos humanos aos animais.
“Isso está cada vez mais comum, as pessoas estão deixando de ter filhos para terem pet, e isso faz com que, em datas como a páscoa, elas comprem produtos humanizados para seus animais porque querem que eles estejam por perto, celebrando com eles”, afirma Pimenta.
De acordo com o Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa), o ato de humanizar um pet é intrínseco à sociedade, já que os animais estão dentro do contexto social dos humanos e, dessa forma, acompanham os tutores e adquirem hábitos urbanos, por exemplo.