A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, reduziu sua posição na Apple no quarto trimestre. A Berkshire vendeu cerca de 1% de suas ações da Apple nos últimos três meses de 2023, passando a deter uma participação de 5,9% na fabricante do iPhone, com um valor estimado de cerca de US$ 167 bilhões, na quarta-feira,14, de acordo com a Dow Jones Market Data.
A posição da Apple detida pela empresa do famoso investidor de Omaha, Nebraska, havia crescido para uma parcela descomunal de seu portfólio de mais de US$ 300 bilhões em ações. À medida que os ventos favoráveis para a tecnologia empurravam as ações da Apple para cima, os investidores que seguem a empresa questionavam até que ponto Buffett e seus representantes permitiriam que a posição crescesse.
As ações da Apple dispararam 367% desde o final de 2018, enquanto o S&P 500 quase dobrou. Buffett elogiou a Apple na reunião anual da Berkshire no ano passado, dizendo que “acontece que é um negócio melhor do que qualquer outro que possuímos”.
As ações da Apple, no entanto, não acompanharam o ritmo de alguns de seus pares da big tech nos últimos meses. A empresa perdeu a coroa de empresa mais valiosa dos EUA para a Microsoft no início deste ano. A Apple enfrentou uma série de desafios, incluindo o escrutínio regulatório das políticas da App Store, o declínio das vendas na China e as preocupações dos investidores sobre as suas perspectivas de crescimento. Vários analistas rebaixaram a ação.
As ações da Apple caíram mais de 4% em 2024 até o momento e cediam 0,91% às 17h11 (de Brasília) na Bolsa de Nova York.
Steven Check, diretor de investimentos da Check Capital Management, detentora de ações da Berkshire, disse que ficaria atento para ver se a Berkshire continua a vender ações da Apple. “Parece uma redução tão pequena”, disse Check.
A Berkshire também reduziu a sua posição na HP, ao mesmo tempo que aumentou as suas participações na Chevron e na Occidental Petroleum no quarto trimestre.
A Berkshire revelou as mudanças na tarde de quarta-feira em um documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA). Investidores institucionais que administram pelo menos US$ 100 milhões em ações e outros tipos de ativos nos EUA são obrigados a divulgar suas posições no final de cada trimestre.
Com informações de M&C, Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires
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