O balão chinês abatido pelos Estados Unidos sobre o oceano Atlântico, no sábado 4, conseguia coletar algumas formas de comunicação eletrônica. Fazia parte de uma frota de balões dirigidos pelos militares chineses que sobrevoaram mais de 40 países nos cinco continentes, segundo o Departamento de Estado, nesta quinta-feira, 9.
Antes de o balão ser abatido, os aviões de vigilância americanos U-2 tiraram fotos para analisar e determinar a capacidade do equipamento, acrescentando que o balão era “claramente para vigilância de inteligência e inconsistente com o equipamento a bordo“.
O departamento dos EUA informou que o balão tinha diversas antenas em um arranjo que “provavelmente conseguia coletar e geo-localizar comunicações”. Os painéis solares da máquina eram grandes o suficiente para produzir energia para operar “vários sensores ativos de coleta de inteligência”.
O governo dos EUA disse que estava “confiante” de que a empresa que comercializa esses balões tem relações comerciais diretas com o Exército Popular de Libertação da China. O departamento não divulgou o nome da empresa.
“Examinaremos os esforços mais amplos para expor e abordar as atividades mais amplas de vigilância da RPC que representam uma ameaça à nossa segurança nacional e aos nossos aliados e parceiros”, disse o departamento norte-americano.
Depois que um caça dos EUA derrubou o balão, o governo chinês disse que os Estados Unidos reagiram de forma exagerada e violaram a convenção internacional, e que a China tinha “o direito de responder ainda mais”.